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Oviedo conseguiu desvicular-se em pouco mais de um ano de vários processos | Christian Rizzi / Arquivo da Gazeta do Povo
Oviedo conseguiu desvicular-se em pouco mais de um ano de vários processos| Foto: Christian Rizzi / Arquivo da Gazeta do Povo

Um tribunal de apelações do Paraguai livrou o general da reserva Lino Oviedo de um processo pela morte de sete manifestantes durante uma revolta popular ocorrida em 1999, a maior das últimas décadas no país, informaram meios de comunicação locais nesta sexta-feira (12).

Oviedo, ex-candidato presidencial e líder do partido de oposição Unace, foi desvinculado de forma definitiva do processo, embora a decisão do tribunal de segunda instância possa sofrer apelação ante a Corte Suprema de Justiça.

O general da reserva era processado como suposto autor moral da morte de manifestantes que solicitavam a renúncia do então presidente Raúl Cubas, seu aliado político, que depois deixou o cargo.

A revolta conhecida como "Março Paraguaio" foi deflagrada em repúdio ao assassinato do então vice-presidente Luis Maria Argaña, alvejado durante um atentado, no mais grave crime político da história recente do país.

Oviedo também foi acusado de encomendar o assassinato de Argaña, líder do Partido Colorado (conservador), na época seu rival político, mas foi absolvido dessa acusação em agosto.

O ex-chefe do Exército conseguiu desvincular-se em pouco mais de um ano de vários processos, que durante anos colocaram obstáculos a suas aspirações políticas, e recuperar seu grau de general da reserva.

Em outubro de 2007, a Corte Suprema de Justiça anulou uma condenação de 10 anos de prisão imposta por um tribunal militar no fim de 1997 por tentativa de golpe de Estado em 1996. Seus detratores atribuíram essa decisão a um pacto com o ex-presidente Nicanor Duarte.

Oviedo permaneceu na prisão de meados de 2004 - quando voltou ao país após anos de exílio no Brasil - até o final de 2007.

Depois de ganhar liberdade, candidatou-se para presidente nas eleições de 20 de abril, quando foi derrotado pelo presidente Fernando Lugo, vencedor com cerca de 40 por cento dos votos.

O ex-militar obteve 22 por cento dos votos e o grupo liderado por ele tornou-se a terceira maior força política do Congresso instaurado no dia 1º de julho.

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