O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, disse que estaria disposto a conversar com o presidente sírio Bashar al-Assad para conter a violência nesta nação. Em entrevista para a “CBS News”, neste domingo (15), Kerry afirmou que os EUA estão pressionando al-Assad para discutir seriamente uma estratégia de transição para acabar com a guerra civil de quatro anos.
“Nós temos que negociar no final”, disse Kerry. “Estamos trabalhando para fazer com que ele venha e faça isso, o que pode exigir mais pressão sobre ele, de vários tipos, para alcançar isso”, disse o secretário de Estado.
“Estamos deixando muito claro para as pessoas que nós estamos examinando passos que podem ajudar a resultar nessa pressão”, acrescentou. Kerry não detalhou qual pressão adicional seria essa.
Não houve reação imediata na imprensa estatal síria sobre as falas de Kerry.
Os EUA lideraram os esforços para as negociações de paz, apoiada pelas Nações Unidas, em Genebra no ano passado, entre a oposição síria referendada pelo Ocidente e representantes do governo.
O diálogo fracassou depois de duas rodadas de conversas, e outras negociações não foram agendadas.
A Rússia reuniu figuras da oposição e do governo em janeiro para um diálogo sobre a crise, mas as conversas não tiveram grandes progressos, e a principal coalizão de oposição boicotou a iniciativa.
O conflito de cerca de quatro anos causou a morte de aproximadamente 200.000 pessoas, deslocou um terço da população síria e deu força à facção radical Estado Islâmico, que passou a deter parte do território.
Kerry disse que as negociações são importantes porque todos concordam que não há solução militar: apenas uma solução política. Kerry falou à “CBS”, antes de seguir para Lausanne, onde vai retomar negociações com o Irã sobre o programa nuclear.
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