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O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, disse nesta segunda-feira (11) que espera concluir dentro de alguns meses o acordo nuclear com o Irã, mas o país não entrará numa corrida para resolver o assunto.

Durante negociações no fim de semana em Genebra, o Irã e seis potências mundiais se aproximaram de um acordo e convocaram uma nova reunião para o dia 20.

Há cerca de uma década os EUA e aliados acusam o Irã de tentar desenvolver armas nucleares, e a comunidade internacional já impôs várias sanções ao país por sua recusa em abandonar atividades estratégicas, com o enriquecimento de urânio.

O Irã insiste no caráter pacífico das suas atividades, mas se mostra mais disposto a concessões desde que o moderado Hassan Rouhani tomou posse como presidente, em agosto.

Apesar do clima otimista, diplomatas alertam que ainda há muitas divergências a serem superadas.

"Esta não é uma corrida para completar qualquer acordo", disse Kerry em entrevista coletiva durante visita aos Emirados Árabes. Porém, acrescentou, "por meio da diplomacia temos uma responsabilidade absoluta de buscar um acordo".

Kerry fez questão de tranquilizar Israel e aliados árabes de Washington a respeito do apoio norte-americano. Batendo o punho na mesa, Kerry disse que o presidente Barack Obama lhe garantiu que "irá continuar a defender seus amigos e aliados nesta região, os Emirados Árabes Unidos, a Arábia Saudita, outros, e ele vai defendê-los contra qualquer ataque externo".

"Essa é a promessa dos Estados Unidos, e... enquanto eu for secretário de Estado, essa é a nossa política, a minha política, representando o presidente dos Estados Unidos na sua execução."

Mas, contrastando com a perspectiva de um rápido acordo, a França se recusou a endossar a proposta sobre a mesa, alegando que não é suficiente para neutralizar o risco de desenvolvimento de armas atômicas pelo Irã.

Apesar disso, o chanceler francês, Laurent Fabius, manifestou na segunda-feira a esperança de um acordo, desde que Teerã se esforce mais a respeito de alguns pontos. "Não estamos distantes de um acordo com os iranianos, mas ainda não chegamos lá", afirmou ele à rádio Europe 1.

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