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O enviado da ONU e da Liga Árabe Kofi Annan pediu o apoio do Conselho de Segurança para implementar um prazo, até 10 de abril, para a Síria adotar parcialmente o plano de paz proposto por ele, e disse que o governo sírio concordou com a data, segundo diplomatas.

Annan disse ao conselho, formado por 15 países, que a Síria concordou com o prazo para estabelecer o fim da movimentação de tropas para as cidades, a retirada das armas pesadas e o início da retirada de tropas, disseram diplomatas da ONU após reunião a portas fechadas.

Um cessar-fogo completo teria que ser colocado em prática até 12 de abril, ou 48 horas após a data acertada, disse a embaixadora dos EUA na ONU, Susan Rice.

Até agora, porém, não houve nenhum sinal da Síria de que o presidente sírio, Bashar al Assad, manterá sua promessa de implementar o plano de paz de seis pontos, que exige o fim da violência e pede um diálogo político entre governo e oposição tendo em vista uma "transição política" para o país.

"Não há progressos no território", disse à Reuters, sob condição de anonimato, um diplomata que participou da reunião, resumindo as observações de Annan.

Apesar da falta de progresso, Annan sugeriu ao conselho que pode haver o início de um plano para acabar com o conflito de um ano de duração e instou os membros do conselho a "iniciar a consideração do envio de uma missão de observação com um mandato amplo e flexível", informou um diplomata.

O departamento de manutenção de paz da ONU já começou o planejamento de contingência para uma missão da ONU de monitoramento de cessar-fogo que teria de 200 a 250 observadores desarmados. Essa missão exige uma resolução do Conselho de Segurança.

Não ficou imediatamente claro como a Rússia estava respondendo às sugestões de Annan. Rússia e China vetaram duas resoluções do Conselho condenando os ataques de Assad às manifestações pró-democracia, que foram inspiradas por outras revoltas da "Primavera Árabe" em todo o Oriente Médio e norte da África.

A ONU diz que soldados sírios e forças de segurança mataram mais de 9.000 pessoas nos últimos 12 meses. Damasco diz que rebeldes mataram 3.000 soldados e policiais.

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