O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, recebeu nesta terça-feira (20) uma manifestação de apoio do presidente da Colômbia, o esquerdista Gustavo Petro, após ter gerado uma crise diplomática com Israel por ter comparado a ofensiva do país na Faixa de Gaza com o Holocausto nazista.
Por meio de sua conta no X (antigo Twitter), Petro expressou sua “solidariedade integral” a Lula e afirmou que o presidente brasileiro “só falou a verdade” ao “denunciar” o que chamou de “genocídio” e comparar a ofensiva das forças armadas israelenses em Gaza com o Holocausto.
“Expresso minha solidariedade integral ao presidente Lula do Brasil. Em Gaza, há um genocídio e milhares de crianças, mulheres e idosos civis estão sendo covardemente assassinados. Lula apenas disse a verdade e a verdade deve ser defendida, ou a barbárie nos aniquilará”, afirmou o líder de esquerda.
“Toda a região deve se unir para que a ‘violência em Gaza’ cesse imediatamente. A sentença da Corte Internacional de Justiça sobre Israel deve gerar aplicação e consequências nas relações diplomáticas de todos os países do mundo”, finalizou ele.
No começo desta semana, o governo de Israel reagiu com indignação às declarações de Lula e declarou o presidente brasileiro “persona non grata” em seu território, exigindo um pedido de desculpas. O Brasil, por sua vez, chamou de volta seu embaixador em Tel Aviv, Frederico Meyer.
Petro é um dos principais críticos de Israel. O presidente colombiano já havia feito declarações semelhantes às de Lula em ocasiões anteriores, como comparando uma fala do ministro da Defesa de Israel com declarações de nazistas, o que levou o país liderado por Benjamin Netanyahu a suspender a exportação de material de defesa para a Colômbia.
Além de Petro, outra liderança da esquerda latino-americana também manifestou seu apoio ao presidente brasileiro. Trata-se de José Mujica, ex-presidente do Uruguai, que escreveu por meio de sua conta no X, sem citar diretamente a crise diplomática entre o governo brasileiro e Israel, um "Viva Lula, viva Brasil."
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