Ativistas na França reduziram seus planos quando o governo impôs estado de emergência depois dos ataques em Paris e baniram as marchas em Paris .| Foto: ERIC GAILLARD/REUTERS

Milhares de pessoas se uniram neste domingo em um dos maiores atos contra o aquecimento global, de Sidney a Berlim, para por pressão sobre os líderes mundiais reunidos em Paris para a Cúpula do clima.

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A 21.ª Conferência das Partes da Convenção do Clima começa na segunda-feira (30), em Paris, e vai até o dia 11 de dezembro

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Cerca de 20 mil pares de sapatos foram colocados na Praça da República, na capital francesa, para marcar a ausência de manifestantes depois dos ataques do Estado Islâmico que matou 130 pessoas no dia 13 de novembro e levou a França a banir os protestos que estavam planejados para acontecer durante a Cúpula. Os organizadores afirmam que o Vaticano enviou um par de sapatos em nome do papa Francisco. Um ativista, vestido de branco e com asas de anjo, carregava um placa com os dizeres “carvão mata”.

Mais de 2.000 eventos estão acontecendo em cidades como Sidney, Berlim, Londres, São Paulo e Nova York, transformando esse dia no que talvez seja o maior manifesto contra as mudanças climáticas já feito no mundo, às vésperas da Cúpula, que ocorre nesta segunda-feira.

Em Sidney, cerca de 45.000 pessoas marcharam através do distrito de negócios até a Opera House. Entre eles, o prefeito da cidade, Clover Moore, que afirmou na sua conta do Twitter que este era a maior manifestação contra as mudanças climáticas já acontecida na cidade. Os manifestantes tinham faixas com os dizeres como “Não há Planeta B” e “Diga não à queima de florestas nacionais por eletricidade”. Em Hong Kong, dois manifestantes carregaram um urso polar de isopor com uma faixa dizendo “sem casa e com fome” e “por favor, ajude” por causa do derretimento do círculo polar Ártico.

Os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e da China, Xi Jinping, estarão entre os mais de 140 líderes na abertura da Cúpula.

Ativistas na França reduziram seus planos quando o governo impôs estado de emergência depois dos ataques em Paris e baniram as marchas em Paris sob alegação de riscos para segurança. Mas os manifestantes planejam formar uma corrente humana, com cerca de 3.400 pessoas unidas no que seria o percurso de três quilômetros entre o centro de Paris, a Praça da República até a Praça das Nações. “Esse é o momento para o mundo dar as mãos”, disse Ian Keith, diretor de campanhas do Avaaz e um dos organizadores do protesto.

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Alix Mazounie, da Rede Francesa Ação Climática, afirma que os ativistas consideram que a corrente humana não irá violar o estado de emergência. “Isso não é desobediência civil”, afirmou. A corrente será quebrada sempre que cruzar uma rua para não atrapalhar o trânsito, explicou a ativista.

Mas, para enfatizar os riscos de segurança, o governo francês pôs 24 ativistas sob prisão domiciliar antes da Cúpula, informou o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, no sábado, afirmando que eles eram suspeitos de planejar protestos violentos.

Manifestação contra mudanças climáticas em Paris reúne 20 mil pares de sapatos na Praça da República.
Ativistas fazem protesto na Praça da República contra mudanças climáticas e pressionam evento da COP 21.
Manifestantes decoraram os sapatos com plantas e elementos da natureza.
Sapato pintado com as cores da bandeira da França faz homenagem às vítimas do atentado do Estado Islâmico em Paris.
“Ajuda? Esperança!” é a mensagem de um dos pares de sapato para por pressão sobre os líderes mundiais reunidos em Paris para a Cúpula do clima.
Par de sapato pede paz em Paris, lembrando o atentado do Estado Islãmico na capital francesa, e também salvação ao planeta para a COP 21.
“Se é necessário escolher um combate, que seja o clima”, diz um dos cartazes da manifestação em Paris.
Ativistas pedem “por um clima de paz” na Praça da República, em Paris.
Mulher com chapéu de urso polar se solidariza com a manifestação contra mudanças climáticas.
Várias pessoas se solidarizaram com a manifestação contra mudanças climáticas em Paris.
Ativistas se fantasiam de animais e põem pressão em Cúpula de Paris.
Policiais e manifestantes contra mudanças climáticas entraram em confronto em Paris.
Em Berlim, marcha contra mudanças climáticas tomou as ruas.
Um grande globo foi montado para o protesto de Berlim. Manifestantes marcharam nas proximidades da estação central da cidade.
Manifestantes seguram cartazes pedindo a salvação das ilhas e da fauna dos oceanos.
Ativista filipino faz oração pelo planeta.
Ativistas filipinos mostram cartazes que pedem orações por justiça social e mudanças climáticas.
Protestante com fantasia de vaca pede fim das mudanças climáticas.
Manifestantes com placas de ursos polares lembram da situação dos animais que estão “com fome e sem casa”.
Ciclista veste capacete com placa solar.