A líder opositora venezuelana María Corina Machado denunciou neste sábado (9) que o regime de Nicolás Maduro sequestrou Emill Brandt Ulloa, diretor do seu comando de campanha no estado venezuelano de Barinas.
Segundo informações do portal argentino Infobae, Ulloa é o quarto membro da campanha de Corina Machado a ser detido nas últimas semanas sob acusação de estar envolvido em um suposto “plano terrorista’ contra o ditador chavista.
Corina Machado, que é candidata à presidência nas eleições marcadas para 28 de julho, mas que está inabilitada de concorrer a cargos públicos pelo regime chavista, afirmou que a prisão de Brandt Ulloa é mais uma “violação ao Acordo de Barbados”, firmado entre o regime de Maduro e a oposição com o apoio da comunidade internacional. Ela exigiu uma reação firme dos atores nacionais e internacionais que defendem um “pleito livre e justo na Venezuela”.
“Há 47 dias, sequestraram nossos Diretores dos Comandos de Campanha dos estados de Trujillo, Vargas e Yaracuy, que hoje estão presos no Helicoide, o maior centro de tortura da América Latina. Esta ação constitui mais uma violação ao já pisoteado Acordo de Barbados e demonstra que Maduro optou por seguir ‘pelo caminho errado’”, declarou Corina Machado em suas redes sociais.
“Exigimos uma reação firme de todos os atores nacionais e internacionais que apoiam uma verdadeira eleição presidencial na Venezuela. Nós continuaremos percorrendo todo o nosso país na construção de mais e mais força e organização cidadã para alcançar a vitória eleitoral este ano”, acrescentou a opositora.
Conforme noticiou o Infobae, Brandt Ulloa foi surpreendido por agentes do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin) em uma oficina mecânica localizada no bairro El Cambio, na cidade de Barinas, onde estava escondido por ter uma ordem de busca e apreensão contra ele. Até o momento, não se sabe seu paradeiro ou seu estado de saúde, mas, assim como citou Corina Machado, opositores acreditam que ele possa ter sido levado para o Helicoide, uma das prisões mais temidas do país, onde são torturados e abusados os presos políticos.
Além de Brandt Ulloa, outros três dirigentes regionais do Vamos Venezuela, o partido de Machado, foram vítimas de “desaparecimento forçado” nas últimas semanas: Juan Freites, Luis Camacaro e Guillermo López, representantes nos estados de Vargas, Yaracuy e Trujillo, respectivamente. Eles foram acusados de participar do suposto golpe contra Maduro.
Outra vítima da perseguição do regime é a ativista de direitos humanos Rocío San Miguel, que completa um mês detida neste sábado. Ela também foi vinculada à suposta trama contra Maduro e está sendo investigada por “traição à pátria, terrorismo e conspiração”. Pessoas próximas à San Miguel afirmam que ela está incomunicável e que não tem acesso aos seus advogados.
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