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O México tentava nesta sexta-feira romper um impasse entre os países ricos e os pobres sobre os futuros cortes na emissão de gases do efeito estufa, enquanto as conversações climáticas reunindo 190 nações chegavam ao seu final.

Delegados afirmaram que houve pouco avanço durante as reuniões ao longo da noite de quinta-feira em Cancún e que as negociações, previstas para acabar nesta sexta, poderiam ser estendidas até sábado, na tentativa de se chegar a um acordo para combater o aquecimento global.

"Está nas mãos da presidência mexicana", disse à Reuters John Ashe, que coordena discussões-chave sobre o futuro do Protocolo de Kyoto.

O Protocolo de Kyoto atualmente compromete quase 40 países ricos com o corte de gases do efeito estufa até 2012. Os países ricos e pobres, porém, estão divididos sobre as obrigações que todos devem assumir ao longo dos próximos anos.

Os negociadores esperam um acordo modesto em Cancún para criar um fundo a fim de ajudar os países em desenvolvimento a enfrentar a mudança climática, proteger as florestas tropicais e concordar com um mecanismo para compartilhar tecnologias limpas.

As ambições se tornaram modestas depois que a cúpula da Organização das Nações Unidas (ONU) em Copenhague não conseguiu aprovar um tratado.

A ministra das Relações Exteriores do México, Patricia Espinosa, preside as duas semanas de conversações em Cancún e lidera os esforços para selar um acordo sobre o futuro do pacto de Kyoto, que está travando o avanço sobre outras questões.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, conversou por telefone com o premiê do Japão, Naoto Kan, sobre o impasse, depois que o governo japonês anunciou que não assinaria uma ampliação de Kyoto para além de 2012, a menos que os países em desenvolvimento também se comprometessem com o corte das emissões de gases do efeito estufa. A posição desagradou a muitos países em desenvolvimento.

Um comunicado do Ministério das Relações Exteriores do Japão assinala que Kan trabalharia para fazer das conversações um sucesso.

Delegados da Grã-Bretanha e do Brasil também estão trabalhando em Cancún para ajudar a produzir um acordo.

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