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O ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa (à direita), ao lado do presidente Alberto Fernández.
O ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa (à direita), ao lado do presidente Alberto Fernández.| Foto: EFE/Juan Ignacio Roncoroni

O governo argentino vai fazer cortes na educação, na saúde e em obras públicas, além de outras pastas, para tentar reduzir o déficit fiscal do país. Mas, ao mesmo tempo, aumentará o investimento em estatais, conforme decisão do Ministério da Economia do país na semana passada.

Estima-se que as 34 empresas estatais concentrem cerca de 90 mil funcionários, o dobro do quadro dos poderes Judiciário e Legislativo juntos. A maior parte do orçamento vai para os salários, conforme balanços feitos ao final do segundo trimestre. De acordo com a análise de Laura Serra, economista do jornal argentino La Nacion, apesar de tanto investimento, a maioria das estatais são subexecutadas.

As empresas públicas estão no olho do furacão porque os prejuízos que geram contribuem para aprofundar o déficit fiscal, problema estrutural argentino, mas seguem ilesas aos cortes do Estado.

Um terço do que foi cortado das principais pastas do governo, como educação e saúde, equivale ao investimento nas estatais de 37.000 milhões de pesos (mais de 1,3 trilhão de reais).

“Recentemente, o Poder Executivo anunciou o congelamento de receitas para o setor público nacional.  Mas desde o final de 2020, 135 mil pessoas entraram no Estado.  Temos cada vez mais Estado, mas cada vez mais pobreza.  É claro que só gastando mais não vamos resolver a situação desses compatriotas”, resume o senador Martín Lousteau (do partido Evolução Radical).

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