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Abidjã - O presidente eleito da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, disse ontem que suas forças não irão capturar o presidente que se recusa a deixar o cargo, Laurent Gbag­­bo, e que está entrincheirado em um bunker na residência oficial. Ouattara disse que o principal é que a Costa do Marfim retorne a uma vida normal.

No entanto, existe o temor de que a violência continue no país da África Ocidental, mesmo após Ouattara parecer controlar a maior parte do território e da maior cidade, Abidjã. A Organiza­­ção das Nações Unidas (ONU) disse ontem que mais de 100 corpos foram encontrados e que algumas das vítimas foram queimadas vivas.

Um assessor de Gbagbo descartou um pedido por reconciliação feito por Ouattara. "A reconciliação dele é um monte de lixo", disse Toussaint Alain, assessor de Gbagbo em Paris. "Ouattara não tem o direito de pedir a reconciliação. Ele é um impostor", afirmou. Segundo ele, "Gbagbo não irá ceder".

A vitória de Ouattara na eleição presidencial de novembro do ano passado foi reconhecida pelo próprio conselho eleitoral da Costa do Marfim, pela ONU, pela França e pelos países da África Ocidental.

Pronunciamento

Em seu primeiro discurso na televisão desde que o cerco a Abidjã começou, Ouattara disse que suas forças montaram um perímetro de segurança na residência presidencial, onde Gbagbo está entrincheirado com sua família.

O presidente eleito pediu ainda à população que coloque no­­vamente a economia da Costa do Marfim, maior produtora mundial de cacau, em funciona­­mento.

Ele também disse que suas tropas irão garantir a segurança nas ruas de Abidjã. Tropas da ONU e da França estão atacando os arsenais dos soldados leais a Gbagbo.

Promessa

"Este problema irá acabar muito em breve", disse Youssoufou Bamba, enviado de Ouattara à ONU, sobre o impasse político na Costa do Marfim. Mas esta previsão se mostrou errada durante as últimas semanas. Bamba disse que Gbagbo será capturado e "es­­tará vivo e bem. Ele quer ser um mártir. Mas não vamos deixar isso acontecer".

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