O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, disse nesta segunda-feira (09) que pode encerrar um impasse nas negociações de paz e retomar conversas diretas com Israel pela primeira vez em quase dois anos.
Abbas disse a jornalistas que o governo norte-americano e vários líderes mundiais o estão pressionando para concordar em conversas diretas com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que já disse estar pronto para recomeçar as negociações imediatamente.
O enviado dos Estados Unidos para o Oriente Médio, George Mitchell, que deve se encontrar com Abbas e Netanyahu na terça-feira, já realizou cinco rodadas de conversas indiretas entre os dois líderes e seus auxiliares desde maio. O presidente norte-americano, Barack Obama, disse querer negociações diretas a partir de setembro.
"Agora estamos enfrentando estas pressões. Até agora, não concordamos. Podemos enfrentar outras pressões que não podemos suportar. Se isto acontecer, estudarei isto com a liderança... e tomar a decisão apropriada", disse Abbas a jornalistas em seu gabinete em Ramallah.
Abbas disse também que o quarteto de mediadores pediu a Israel que interrompa a expansão de assentamentos em território ocupado e chegue a um acordo em 24 meses.
"Então eu irei imediatamente a conversas diretas porque isto inclui tudo o que estou pedindo", disse ele.
O quarteto é formado por Estados Unidos, União Europeia, Rússia e a Organização das Nações Unidas.
Em encontro em Moscou em março, o grupo apresentou um pacote de medidas para criar um acordo em dois anos que pusesse fim à ocupação israelense e estabelecesse um Estado palestino independente.
Segundo Abbas, antes de concordar com o reinício das conversas diretas, Israel deve aceitar que as negociações envolvam todos os territórios ocupados pelo Estado judeu na Guerra dos Seis Dias, em 1967, incluindo Jerusalém Oriental, reivindicada como a capital de um futuro Estado palestino.
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