• Carregando...

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, instruiu os diplomatas de seu país a deixarem o plenário da Assembleia Geral da ONU quando o recém-empossado presidente do Irã, Hassan Rouhani, discursar nesta terça-feira. Em um comunicado, Netanyahu disse que, apesar de um nova "ofensiva sorridente", as políticas da República Islâmica continuam as mesmas. Apesar das demonstrações de uma política mais flexível, a comissão iraniana teria negado um encontro com o presidente americano, Barack Obama, alegando "razões complicadas", segundo uma fonte da agência Reuters.

"Enquanto líderes do Irã não pararem de negar o Holocausto, não pararem de apelar pela destruição de Israel e de não reconhecer o direito de Israel de existir, então Israel estará pronto para ouvir seus discursos da ONU", disse o premier, "o Irã acredita que palavras suaves e ações simbólicas vão lhe permitir continuar no caminho para a bomba".

Israel acusa o Irã de desenvolver armas nucleares, o que é negado por Teerã. O governo de Netanyahu teme que os sinais de moderação de Rouhani aliviem a pressão internacional sobre o programa nuclear iraniano e que o país rival consiga criar um temido arsenal com enriquecimento de urânio.

Sob o comando de Rouhani, o governo iraniano iniciou uma investida diplomática dias antes da Assembleia Geral da ONU, libertando 11 presos políticos e aceitando reassumir negociações sobre o programa nuclear. O presidente do Irá também trocou cartas com americano Barack Obama, levantando especulações sobre um possível encontro dos líderes de Estado.

No entanto, fontes de Washington afirmaram que os próprios iranianos negaram um encontro com o presidente dos EUA, alegando "razões complicadas". Segundo as autoridades, que falaram sob condição de anonimato, a comissão da República Islâmica afirmou que não estava pronta para encontrar Obama, mas manteve um caminho aberto para um encontro com o secretário de Estado John Kerry.

Havia sinais encorajadores de que os presidentes dos EUA e do Irã teriam uma maior abertura para o diálogo, praticamente congelado desde de 1979, antes da revolução iraniana. Ambos os presidentes falaram sobre uma abertura diplomática para tentar resolver questões sobre as ambições nucleares iranianas.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]