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O Prêmio Nobel da Paz foi concedido nesta sexta-feira a três mulheres: a iemenita Tawakkul Karman, a presidente liberiana, Ellen Johnson Sirleaf e sua compatriota e militante pela paz Leymah Gbowee | AFP
O Prêmio Nobel da Paz foi concedido nesta sexta-feira a três mulheres: a iemenita Tawakkul Karman, a presidente liberiana, Ellen Johnson Sirleaf e sua compatriota e militante pela paz Leymah Gbowee| Foto: AFP

Saiba mais sobre as ganhadoras do Nobel da Paz

Embora compartilhem o sucesso em suas iniciativas e a luta por justiça, as três ganhadoras do Prêmio Nobel da Paz de 2011 têm trajetórias diferentes.

Leia mais sobre cada uma delas

Conheça os 10 últimos ganhadores do Nobel da Paz

Veja a lista dos últimos 10 vencedores:

2011 - As liberianas Ellen Johnson-Sirleaf e Leymah Gbowee e a iemenita Tawakul Karman "pelos direitos das mulheres em ter participação total no trabalho de construção da paz."

2010 - Liu Xiaobo "pela sua luta longa e não-violenta pelos direitos humanos fundamentais na China."

2009 - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pelos esforços em fortalecer a diplomacia internacional e a cooperação entre os povos.

2008 - O ex-presidente finlandês Martti Ahtisaari pelo trabalho pela paz em lugares desde a Namíbia até o Kosovo.

2007 - O ex-vice-presidente dos EUA Al Gore e o Painel Intergovernamental pela Mudança Climática por levantarem a consciência sobre os riscos das mudanças no clima.

2006 - O professor de economia de Bangladesh Muhammad Yunus e o Banco Grameen, de Bangladesh, pelo trabalho para acabar com a pobreza por meio das "microfinanças".

2005 - A Agência Internacional de Energia Atômica e seu presidente Mohamed ElBaradei por combaterem a propagação de armas nucleares.

2004 - A ambientalista queniana Wangari Maathai pelo movimento dela para promover o plantio de dezenas de milhões de árvores.

2003 - A advogada de direitos humanos iraniana Shirin Ebadi pelo trabalho dela em defender os direitos humanos e promover democracia no Irã.

2002 - O ex-presidente dos EUA Jimmy Carter por anos de trabalho ajudando a resolver conflitos em lugares do Oriente Médio à Coreia do Norte, Haiti e Eritreia.

O Prêmio Nobel da Paz foi concedido nesta sexta-feira a três mulheres: a presidente liberiana, Ellen Johnson Sirleaf, sua compatriota e militante pela paz Leymah Gbowee e a iemenita Tawakkul Karman, ativista da chamada Primavera Árabe.

As três foram "recompensadas por sua luta pacífica pela segurança das mulheres e de seus direitos de participar nos processos de paz", declarou, em Oslo, o presidente do comitê Nobel norueguês, Thorbjoern Jagland.

"Não podemos alcançar a democracia e a paz duradoura no mundo se as mulheres não obtiverem as mesmas oportunidades que os homens para influenciar nos acontecimentos em todos os níveis da sociedade", acrescentou.

A liberiana Ellen Johnson Sirleaf, de 72 anos, passou para a história ao converter-se, em 2005, na primeira mulher eleita como chefe de Estado no continente africano, em um país de quatro milhões de habitantes traumatizados por guerras civis que, de 1989 a 2003, deixaram 250.000 mortos, destruindo suas infraestruuras e sua economia.

"Desde sua posse em 2006, contribuiu para garantir a paz na Libéria, para promover o desenvolvimento econômico e social e reforçar o lugar das mulheres", acrescentou Jagland.

Seu acesso ao poder foi possível pelo trabalho de Leymah Gbowee, "guerreira da paz", fundadora do movimento pacífico que contribuiu, em particular com a convocação de uma "greve de sexo", para terminar com a segunda guerra civil em 2003, assinalou o Comitê Nobel.

Lançada em 2002, essa iniciativa original levou as liberianas de todas as confissões religiosas a negar sexo aos homens até que cessassem os combates, o que obrigou Charles Taylor, ex-chefe de guerra convertido em presidente, a associá-las às negociações de paz.

"Leymah Gbowee mobilizou e organizou as mulheres além das linhas de divisão étnica e religiosa para pôr fim a uma longa guerra na Libéria e garantir a participação das mulheres nas eleições", assinalou Jagland.

A terceira laureada, a iemenita Tawakkul Karman, "tanto antes como durante a Primavera Árabe, teve um papel preponderante na luta a favor dos direitos das mulheres, da democracia e da paz no Iêmen", afirmou.

Karman, a primeira mulher árabe que recebe o Prêmio Nobel da Paz, numa primeira reação, declarou-se honrada e surpresa e dedicou seu prêmio à "Primavera Árabe".

"Trata-se de uma honra para todos os árabes, muçulmanos e mulheres. Eu dedico este prêmio a todos os ativistas da Primavera Árabe", declarou ao canal de televisão árabe Al-Arabiya.

Até o presente, em 111 anos, apenas 12 mulheres receberam o Nobel da Paz.

A última mulher a ganhar esta distinção também foi uma africana, a militante ecologista queniana Wangari Maathai, que acaba de falecer.

Este anos, o Nobel da Paz registrou uma cifra recorde de 241 candidaturas de indivíduos e organizações.

O prêmio será entregue em Oslo no próximo dia 10 de dezembro, data do aniversário da morte de seu fundador, o industrial e filantropo sueco Alfred Nobel.

O prêmio consiste em uma medalha e um diploma e uma quantia de 10 milhões de coroas suecas, o equivalente a um milhão de euros.

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