O presidente do Equador, Daniel Noboa| Foto: EFE/Javier Otazu
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O presidente do Equador, Daniel Noboa, disse nesta segunda-feira (22) que espera receber armas, tecnologia e treinamento dos Estados Unidos para combater as organizações criminosas que têm provocado uma onda de violência pelo seu país.

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Noboa também pediu que o Parlamento e a Corte Constitucional do Equador aprovem um acordo com Washington para facilitar a cooperação bilateral. As afirmações foram feitas durante uma entrevista do presidente equatoriano para a mídia local.

Noboa receberá nesta segunda-feira uma delegação americana liderada pelo assessor especial para as Américas, Christopher Dodd, e integrada por militares e diplomatas. O objetivo da visita é discutir formas de fortalecer a segurança e a estabilidade na região, diante da ameaça dos grupos ligados ao narcotráfico.

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O mandatário equatoriano afirmou que seu país se tornou uma peça-chave nas rotas e na estrutura dos grupos criminosos que classificou como narcoterroristas, que nos últimos anos desencadearam uma série de ataques, extorsões, sequestros e motins nas prisões locais. No último dia 9, tais ataques atingiram seu nível mais crítico após um grupo de criminosos invadir um canal de televisão com armas e explosivos, um episódio que foi transmitido ao vivo.

O Equador vive atualmente sob um decreto de conflito interno armado, medida escolhida por Noboa para combater de forma mais direta os grupos criminosos. Segundo o presidente, o decreto já serviu para reduzir drasticamente os índices de criminalidade e de mortes violentas nos últimos dias.

Além do apoio dos EUA, Noboa disse que precisa de um refinanciamento da dívida externa do país para não ficar “asfixiado financeiramente” enquanto luta contra o crime organizado. Ele também solicitou a aprovação de uma lei de extinção de domínio para confiscar os bens e o dinheiro das organizações criminosas.

Outra medida proposta por Noboa é a transferência de 1,5 mil presos estrangeiros de volta para os seus países. A maioria desses presos provém da Colômbia e do Peru. A medida é vista pelo governo como uma forma de liberar espaço nas cadeias superlotadas.

Noboa já confirmou que planeja construir mais duas novas prisões no Equador.

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Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]