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Passageiros, alguns com máscara respiratória, viajam no metrô subterrâneo no centro de Milão em 10 de março de 2020.
Passageiros, alguns com máscara respiratória, viajam no metrô subterrâneo no centro de Milão em 10 de março de 2020.| Foto: MIGUEL MEDINA/AFP

A polícia e o Exército italianos estão controlando quem procura trens para outras cidades. Decreto do governo do primeiro-ministro, Giusseppe Conte, assinado no sábado (21), impede os deslocamentos entre regiões e cidades.

No domingo (22), 120 passageiros foram impedidos de embarcar na estação central de Milão, capital da Lombardia e centro da epidemia do coronavírus na Itália. Nesta segunda-feira, militares do Exército controlavam o embarque na Estação Termini, em Roma.

Conte resolveu estreitar ainda mais as regras de fechamento de atividades na Itália depois de ser pressionado pelos governadores de províncias afetadas, como a Lombardia, e por aqueles do sul do país que ainda temiam uma fuga moradores do norte em direção a áreas ainda menos afetadas pela Covid-19.

Fechamentos

Além de controlar os deslocamentos, os decretos de fim de semana de Conte mandam fechar até 3 de abril todas as atividades não essenciais na Itália. A fabricantes de pneus Pirelli, por exemplo, fechou; já a Barilla, de massas, não. Isso porque toda a indústria automobilística foi paralisada, enquanto a de alimentos pôde permanecer aberta.

Na última semana, o governador Attilio Fontana, da Lombardia, havia pedido medidas mais drásticas ao governo italiano. Ele está senso assessorado por médicos chineses que enfrentaram a epidemia de coronavírus com o toque de recolher na China.

Fontana emitiu um decreto para a região que é ainda mais rígido do que o de Conte e determinou o fechamento de negócios que haviam passado ilesos nas determinações do primeiro-ministro.

Esses são os casos dos escritórios de advocacia e dos de contabilidade, que fecham na Lombardia enquanto permanecem abertos no restante do país.

Davide Camparini, assessor da região lombarda, criticou o governo Conte: "Disse que deveríamos ter esperado. Aqui se está morrendo. Na Lombardia, os hotéis serão fechados, os escritórios profissionais serão fechados e a desobediência será punida com 5 mil euros de multa", afirmou ao Corriere della Sera.

Em 9 de março, Conte já havia decretado uma primeira quarentena, considerada depois pouco eficaz para o tamanho da epidemia em algumas regiões. No sábado à noite, o governo de Roma soltou seu novo decreto com o qual ampliou a rigidez das regras.

Deslocamentos

No caso dos deslocamentos, o decreto do governo central prevê multa de 208 euros em caso de desobediência e proíbe entre as cidades e regiões o transporte público ou privado, exceto de pessoas autorizadas a viajar ou que cumprem atividade essenciais.

Na estação central de Milão, ao mesmo tempo em que o controle da polícia impedia a viagem de 120 pessoas, somente 50 foram liberadas para entrar no trem e deixar a capital da região mais atingida pela epidemia.

A Itália havia registrado até domingo 59.138 casos de coronavírus no país, dos quais 5.476 pacientes morreram e 7.024 foram curados. Sozinha, a Lombardia contava no domingo com mais mortos do que a China. Foram 3.456 e 5.865 pacientes curados – a China registrou 3.274 mortes. Ao todo 17.889 pessoas estavam em tratamento em razão da Covid-19 na região.

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