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Um novo grupo de observadores da Liga Árabe viajará nesta segunda-feira (26) à Síria para investigar a situação em várias cidades que são palco de protestos, como Homs, uma das mais castigadas pela repressão do regime, de acordo com os opositores sírios.

"Esta delegação, de 50 observadores, vai se unir ao chefe da missão, general Mohammed Ahmed Mustapha Al-Dabi, e à primeira delegação que chegou ao país há alguns dias", explicou em declarações aos jornalistas no Cairo o secretário-geral da Liga Árabe, Nabil Al Arabi.

Al Arabi antecipou que a delegação "vai investigar a situação em Homs, Deraa (sul), Idlib (norte), Aleppo (norte) e Hama (centro)", principais fortificações da oposição ao regime de Bashar Al Assad.

Em 22 de dezembro o primeiro grupo de observadores chegou à Síria para avaliar se o regime cumpre a iniciativa árabe para solucionar a crise no país, que estipula, entre outros pontos, o fim da violência.

Al Arabi declarou que na Síria já está tudo pronto para receber a segunda delegação - integrada por especialistas civis, militares e políticos -, que começará seu trabalho nesta terça-feira e que vai se dividir em vários grupos para se movimentar com mais facilidade pelas distintas províncias.

Um dos observadores que viajará nesta segunda, Tali Al-Saud al Atlasi, especialista em informática marroquino, afirmou na mesma entrevista coletiva que existe uma grande coordenação entre a Liga Árabe e as autoridades sírias.

"Esta é a primeira vez que a Liga Árabe exerce uma missão como esta, o que fornece ao trabalho uma nova dimensão e indica que a Primavera Árabe afetou a organização", explicou Al Atlasi.

Outro dos observadores, Anwar Malek, garantiu que o grupo "vai ter toda a liberdade para se movimentar na Síria".

Enquanto isso, pelo menos 20 civis morreram nesta segunda-feira e dezenas ficaram feridos em Homs, que foi bombardeada pelas forças leais ao regime de Assad.

No domingo, o Conselho Nacional Sírio (CNS), principal órgão da oposição, pediu aos observadores da Liga Árabe que visitassem imediatamente Homs, que sofre "uma ameaça real de genocídio e de crimes contra a humanidade".

Desde que começaram os protestos, em meados de março, mais de 5 mil pessoas morreram pela repressão governamental, segundo a ONU.

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