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O novo ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa (à direita), ao lado do presidente Alberto Fernández
O novo ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa (à direita), ao lado do presidente Alberto Fernández| Foto: EFE/Juan Ignacio Roncoroni

O ex-presidente da Câmara Federal da Argentina e advogado Sergio Massa tomou posse nesta quarta-feira (3) como terceiro ministro da Economia do país em cerca de um mês. Ele assume uma superpasta que inclui também Agricultura e Desenvolvimento Produtivo. Logo após assinar o termo de posse, Massa anunciou em entrevista coletiva em Buenos Aires algumas das metas e dos planos da sua gestão.

Para conter a inflação, que no índice interanual foi de 64% em junho, Massa assegurou que o governo não vai pedir mais emissão de moeda ao Banco Central para financiar o tesouro. “Vamos administrar com os recursos que arrecadamos e com o financiamento que conseguirmos do setor privado”, afirmou.

O novo ministro da Economia garantiu que a Argentina vai cumprir a meta de déficit fiscal de 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano e informou que as contratações de funcionários para todos os setores da administração pública nacional centralizada estão congeladas.

A respeito dos pesados subsídios oferecidos pelo governo argentino, Massa anunciou que será implementado um controle do consumo das mais de 9 milhões de famílias beneficiadas (“Não podemos continuar com um esquema em que quem mais gasta energia ou água é quem recebe mais subsídios”, alegou) e que será adotada uma política de reorganização dos programas sociais, com uma auditoria dos benefícios e redirecionamento do foco para três eixos: “o retorno ao mercado de trabalho, o fortalecimento do cooperativismo e a proteção em situações de vulnerabilidade”.

A respeito da necessidade de atrair mais dólares, Massa disse que já foi acordado “um esquema de adiantamento de exportação com as cadeias de valor da pesca, agricultura, mineração e outros, setores que entrarão nos próximos 60 dias com um total de US$ 5 bilhões, que vão aumentar as reservas do Banco Central”, além de um plano de crédito para aumentar exportações e outras medidas.

“Estamos avançando no desembolso de US$ 1,2 bilhão com organismos internacionais para programas atuais e para programas em estudo. Nos próximos dias vamos assinar com o CAF [Banco de Desenvolvimento da América Latina] um desembolso de mais US$ 750 milhões”, afirmou Massa.

A respeito da dívida pública argentina, o novo ministro disse que, além das conversas com o Fundo Monetário Internacional (FMI), com quem o país acertou no início do ano um refinanciamento de um débito de mais de US$ 40 bilhões, estão em negociações “quatro ofertas para fortalecer reservas e recomprar dívida soberana”, três de instituições financeiras internacionais e uma de um fundo soberano.

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