O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse neste domingo que o tempo estava se esgotando para a diplomacia na disputa sobre o programa nuclear iraniano. Um alto funcionário de Teerã, porém,afirmou que cabe ao Ocidente mostrar de forma sincera que quer um acordo.

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Obama sinalizou que a paciência estava diminuindo na disputa com o Irã, que enfrenta a possibilidade de sanções internacionais mais duras, ou mesmo ação militar israelense.

"Infelizmente, pelo menos até agora, o Irã parece ter sido incapaz de dizer sim para o que todo mundo reconhece ser uma abordagem criativa e construtiva", disse Obama, após encontro com o presidente russo, Dmitry Medvedev, em paralelo ao encontro da Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (Apec), em Cingapura.

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"Estamos correndo contra o tempo quanto à essa abordagem."

Rússia e França também pressionaram Teerã, com o chanceler francês Bernard Kouchner dizendo que a república Islâmica parecia decidida a rejeitar um acordo elaborado pelas Nações Unidas.

Medvedev disse que "outros meios" poderiam ser utilizados se as discussões não produzirem resultados, mas não especificou o que poderia ser.

O esboço de um acordo intermediado pelo órgão de fiscalização nuclear da ONU, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), exige que o Irã envie cerca de 75 por cento do seu urânio de baixo enriquecimento (LEU) para a Rússia e França para ser transformado em combustível para um reator de pesquisa médica em Teerã.

Um assessor do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, disse que nenhuma resposta oficial à proposta tinha sido anunciada.

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"Estamos esperando para ver quanto de sinceridade os países ocidentais têm em suas promessas", disse Mojtaba Samareh-Hashemi.

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