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As tropas sírias têm torturado, executado e usado crianças, a partir dos 8 anos, como "escudos humanos" durante os ataques militares contra os rebeldes, informou relatório da ONU divulgado nesta terça-feira. As Nações Unidas qualificaram o governo sírio como um dos piores em sua "lista da vergonha" de países em conflito, onde crianças são mortas, torturadas e forçadas a lutar.

Grupos de direitos humanos estimam que cerca de 1.200 crianças já morreram durante os 15 meses da revolta contra o presidente Bashar Assad, cuja brutal repressão aos protestos da primavera árabe tem sido amplamente condenada.

"Raramente vi tamanha brutalidade contra crianças como na Síria, onde meninas e meninos são presos, torturados, executados e utilizados como escudos humanos", disse Radhika Coomaraswamy, representante especial da ONU para crianças em conflitos armados.

As forças do governo reuniram dezenas de meninos entre 8 e 13 anos antes de um ataque à aldeia de Ayn l'Arouz, na província de Idlib, em 9 de março. As crianças foram "usadas pelos soldados e milicianos como escudos humanos, colocadas nas janelas dos veículos que transportavam militares no ataque à aldeia", informou o relatório da ONU.

Citando testemunhas, a ONU disse que as forças militares e de inteligência sírias, assim como os milicianos pró-governo Shabiha, cercaram a aldeia para um ataque que durou mais de quatro dias. Entre os 11 mortos, três eram meninos de 15 a 17 anos. Outras 34 pessoas, incluindo dois meninos de 14 e 16 e uma menina de 9 anos, foram detidas.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou que o relatório havia descoberto uma das muitas "violações graves" contra as crianças. As informações são da Dow Jones.

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