Convenção Nacional do Partido Republicano começará nesta segunda-feira (24), em Charlotte, Carolina do Norte| Foto: Logan Cyrus/AFP
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A convenção do Partido Republicano, que começa nesta segunda (24) em Charlotte (Carolina do Norte) e oficializará a candidatura de Donald Trump à reeleição, terá aliados e parentes do presidente. Na lista de convidados com discursos confirmados constam os três filhos - Don Jr., Eric e Ivanka Trump -, além de personalidades do conservadorismo americano, como Nikki Haley, ex-embaixadora dos EUA na ONU, e Mike Pompeo, secretário de Estado.

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Diferentemente da convenção democrata, encerrada na semana passada, nenhum dos ex-presidentes ou candidatos presidenciais do Partido Republicano foi convidado para participar do evento. Ficaram de fora o ex-presidente George W. Bush, além de Mitt Romney, candidato republicano em 2012 - ambos desafetos de Trump.

Também ausentes estão vários senadores que enfrentam as urnas em novembro, incluindo Susan Collins (Maine), Cory Gardner (Colorado), Martha McSally (Arizona) e Thom Tillis (Carolina do Norte), todos de Estados nos quais o democrata Joe Biden lidera a disputa, segundo pesquisas, e teriam assumido um risco calculado de não participar do evento.

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Uma das preocupações da equipe do presidente, ao montar a lista de oradores, foi desfazer a imagem ruim de Trump entre os eleitores negros. Para isso, a Casa Branca escalou Tim Scott, único senador negro do partido, e Ben Carson, secretário de Desenvolvimento Urbano.

Entre as presenças mais esperadas está a do casal Mark e Patricia McCloskey. Os dois foram flagrados em vídeo apontando armas para manifestantes na cidade de St. Louis. A presença deles na convenção indica que Trump deve manter o apelo a sua base radical de eleitores conservadores.

O estudante Nicholas Sandmann também foi convidado e fará um discurso em apoio ao presidente. Sandmann ficou conhecido por processar - e vencer nos tribunais - vários veículos de imprensa pela cobertura de uma conversa que ele teve com um descendente indígena em Washington. Desde então, virou um símbolo de como a imprensa progressista, segundo a Casa Branca, caracteriza os conservadores nos EUA.

Trump chega à convenção bem atrás do rival Joe Biden, segundo pesquisas. A diferença é de 7,6 pontos porcentuais (50% a 42,4%) em favor do democrata, segundo a média calculada pelo site Real Clear Politics, e de 8,6 pontos porcentuais (51,4% a 42,2%), de acordo com o site Five Thirty Eight. A diferença caiu um pouco desde julho, quando passou de 10 pontos porcentuais, mas continua sólida no mesmo patamar.