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O Papa Bento XVI fez nesta quarta-feira um pedido para que a Igreja não apenas se dedique a anunciar a paz, como também seja "instrumento e sinal" para obtê-la. A mensagem foi transmitida durante a homilia na missa celebrada no santuário mariano de Éfeso, diante de cerca de 200 pessoas, no segundo dia de sua viagem à Turquia.

- Todos necessitamos da paz universal, e a Igreja tem de não somente anunciar, mas ser sinal e instrumento - disse ele.

Não é o que pensa o Conselho Consultivo dos Guerreiros, o grupo que representa pelo menos sete organizações insurgentes sunitas, entre elas a Al-Qaeda no Iraque. Em comunicado divulgado no blog que habitualmente usa, o conselho disse que visita do Papa serve para aumentar o "ânimo da campanha cruzada nas terras do Islã". O grupo, que de um tempo para cá passou a se identificar como Estado Islâmico do Iraque, sempre se refere aos americanos como "cruzados", em alusão às Cruzadas. Ultimamente, vem usando o termo "perdedores".

Bento XVI dedicou a parte central de sua homilia a pedir a "paz e a reconciliação entre todos os que habitam a terra, chamada de Santa por cristãos, judeus e muçulmanos".

A homilia serviu para que ele novamente pedisse "que se chegue à plena comunhão e concórdia entre todos os cristãos".

O Pontífice fez menção ao sacerdote romano Andréa Santoro, assassinado em fevereiro deste ano em Istambul, quando um muçulmano o matou a tiros dentro de sua paróquia.

A missa foi celebrada no santuário Casa de Maria, "um dos mais queridos da comunidade cristã", disse o Papa. Segundo o cristianismo, Maria viveu e morreu neste local. O santuário recebe por ano três milhões de fiéis. E o Papa aproveitou para lembrar que Maria também é venerada por muçulmanos - existem 40 citações a ela no Corão.

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