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Cartaz com papa e Cristina Kirchner em um supermercado | Marcos Brindicci/Reuters
Cartaz com papa e Cristina Kirchner em um supermercado| Foto: Marcos Brindicci/Reuters

O papa Francisco se encontrou ontem com uma delegação das Avós da Praça de Maio, a mais conhecida organização que busca os desaparecidos políticos durante a última ditadura militar na Argentina (1976-1983).

O encontro foi durante a audiência pública de quarta, na Praça de São Pedro, no Vaticano. O pontífice se encontrou com a presidente da organização, Estela de Carlotto, com a integrante do grupo Buscarita Roa e com o legislador portenho Juan Cabandié, que é filho de desaparecidos no regime.

Os representantes da entidade e o papa conversaram por diversos minutos em clima cordial. Em um momento, o pontífice beijou Estela de Carlotto, que durante o encontro segurou várias vezes suas mãos. Antes da viagem, ela disse que faria o gesto "como demonstração do orgulho de ter um papa argentino".

No fim, Estela entregou uma pasta e uma carta que, segundo a página das Avós da Praça de Maio, pede que sejam reveladas informações da Igreja Católica argentina sobre os presos políticos na ditadura, uma das principais reivindicações do grupo.

As Avós de Praça de Maio lutam para encontrar quase 500 filhos de desaparecidos, retirados dos pais pelos integrantes da última ditadura militar. Devido à atuação nos direitos humanos, a entidade se opunha à Igreja Católica por seu papel durante o governo de exceção.

Dentre os integrantes da igreja mais questionados, está o pontífice que, na época, era padre. A oposição também era feita por integrantes do governo da presidente Cristina Kirchner, que mantinha uma relação protocolar com Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco – que trabalhou como arcebispo de Buenos Aires.

Após a eleição do papa, as Avós da Praça de Maio, assim como outros aliados de Cristina Kirchner, mudaram o discurso político e passaram a apoiar Francisco.

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