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O Paquistão afirmou que abateu ao menos cinco aviões da Força Aérea da Índia e um drone, após ataques de Nova Délhi a supostas bases terroristas em território paquistanês e na parte da região da Caxemira administrada pelo país vizinho nesta quarta-feira (7, horário local).
A informação foi divulgada pelo ministro da Defesa do Paquistão, Khawaja Asif, em entrevista à Bloomberg TV. Ele disse que soldados indianos foram presos. A Índia não confirmou as informações.
“A nação paquistanesa e as Forças Armadas do Paquistão sabem muito bem como lidar com o inimigo”, afirmou Shehbaz Sharif, primeiro-ministro do Paquistão, segundo a agência Associated Press. “Jamais permitiremos que o inimigo alcance seus objetivos nefastos.”
O Ministério da Defesa indiano havia afirmado mais cedo em um comunicado que as Forças Armadas bombardearam “infraestrutura terrorista” no Paquistão e na região de Jammu e Caxemira ocupada pelo Paquistão, “de onde foram planejados e dirigidos ataques terroristas contra a Índia”.
A ação foi uma resposta a um ataque terrorista que matou 26 pessoas em 22 de abril na parte indiana da região da Caxemira.
O Paquistão nega envolvimento no atentado. Islamabad informou que ao menos oito pessoas foram mortas nos bombardeios da Índia.
De acordo com a AP, a companhia aérea indiana SpiceJet informou que cancelou voos para Srinagar, a principal cidade da Caxemira indiana, e para as cidades de Dharamshala, Leh, Jammu e Amritsar, no norte da Índia, após seus aeroportos terem sido “fechados até novo aviso”.
A escalada das tensões é mais um capítulo na rivalidade entre os dois países, que travam uma disputa pela região da Caxemira desde a independência de ambas do Império Britânico, em 1947, sempre alternando trocas de hostilidades e momentos de apaziguamento.
Numa postagem no X, o secretário de Estado americano, Marco Rubio, disse que está monitorando a situação.
“Repito os comentários que o presidente [Donald Trump] fez mais cedo, esperamos que isso termine rapidamente e continuarei a conversar com as lideranças indianas e paquistanesas em busca de uma solução pacífica”, escreveu Rubio.
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