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A presidente argentina, Cristina Kirchner, iniciou nesta segunda-feira uma visita oficial de 48 horas ao Peru, encerrando um período de 16 anos da última viagem realizada por um chefe de Estado argentino ao Peru. Em Lima, Cristina disse que sua visita ao colega Alan Garcia representa "um ato de desagravo institucional e de reparação histórica que os argentinos deviam a si próprios e fundamentalmente aos irmãos peruanos". Em suas primeiras declarações à imprensa no país, Cristina afirmou que poucas nações na região possuem tantos laços históricos comuns.

Além disso, continuou, "não podemos nos esquecer da solidariedade do governo e do povo do Peru durante a Guerra das Malvinas ocorrida em 1982, com o envio de aviões, pilotos e mísseis". As visitas bilaterais de Estado foram interrompidas pelas suspeitas de que Buenos Aires teria negociado vendas de armas ao Equador, nação com a qual o Peru disputava a região da Cordilheira do Condor. Além do Brasil, Chile e Estados Unidos, a Argentina era um dos países designados para negociar a paz entre os dois vizinhos em conflito.

"Os que acreditam que podem garantir a paz com armas estão equivocados. A paz se consegue com uma melhor distribuição de renda, com mais e melhor educação e com mais possibilidades de acesso às ferramentas de prosperidade", disse Cristina em alusão ao episódio que afastou os dois países.

A última visita de um presidente argentino ao Peru foi feita por Carlos Menem (1989-1999), em 1994. Naquela ocasião, o então mandatário argentino foi recebido por seu colega Alberto Fujimori (1990-2000). O escândalo da venda ilegal de armas ainda mantém uma causa judicial aberta, na qual o ex-presidente Menem é um dos principais acusados, além de outros ex-funcionários públicos.

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