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O presidente do Equador, Rafael Correa, anunciou publicamente nesta segunda-feira (27) que perdoará os quatro condenados no caso por injúrias que ganhou contra o jornal "El Universo", embora tenha ressaltado que as penas foram ditadas "merecidamente".

Em seu discurso, Correa se pronunciou contra a "ditadura" de certos meios de comunicação e afirmou que também desistirá do processo contra os jornalistas Juan Carlos Calderón e Christian Zurita, autores de um livro sobre os contratos que o irmão mais velho do presidente, Fabricio Correa, supostamente tinha com o Estado.

"A imprensa abusiva foi vencida. Essa imprensa, que perante a derrota contundente da direita e dos grupos conservadores, se transformou em um ator político beligerante contra os governos progressistas e que arremete de forma ilegítima, desonesta e prepotente contra as conquistas democráticas de nossos povos", declarou.

O governante expressou sua esperança que os "injuriadores deixem de mostrar-se como vítimas (...), que de agora em diante assumam um compromisso com a verdade e a ética profissional".

Correa reiterou que, com o caso do "El Universo", se comprovou que o jornal mentiu, que há responsabilidade ulterior e que a cidadania pode defender seus direitos.

O caso remonta a fevereiro do ano passado, quando o editor de opinião do "El Universo", Emilio Palacio, publicou uma coluna na qual afirmava que Correa poderia ser processado por "ter ordenado que abrissem fogo e sem prévio aviso em um hospital cheio de civis" no dia 30 de setembro 2010, durante uma sublevação policial.

Dois tribunais condenaram Palacio e três diretores do jornal, os irmãos César, Carlos e Nicolás Pérez a três anos de prisão e ao pagamento de US$ 10 milhões cada um, assim como outros US$ 10 milhões por parte do "El Universo".

No último dia 16 de fevereiro, a Corte Nacional de Justiça rejeitou o recurso de cassação do jornal.

Três dias depois, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) solicitou ao Equador suspender a condenação e aplicar medidas cautelares ou de proteção aos acusados, o que o governo não aceitou porque a sentença não estava fixada definitivamente e também não havia sido ordenada a detenção dos acusados.

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