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Milhares de estudantes das principais universidades de Caracas, que protestavam contra o fechamento do canal privado de televisão RCTV, enfrentaram violentamente a polícia nesta segunda-feira.

A manifestação universitária, que começou na Praça Brión (leste de Caracas), transcorreu normalmente durante grande parte da manhã, com gritos de guerra como "Pueblo madura, esto es dictadura" (Povo, amadureça, isto é ditadura) e "No a la violencia, sí a la resistencia" (Não à violência, sim à resistência).

Estudantes da Central da Venezuela, Simón Bolívar, Santa María e Católica Andrés Bello, entre outras Universidades, se reuniram na praça Brión, cercados por um forte dispositivo de segurança.

Além dos jovens, participaram da manifestação funcionários do comércio local, jornalistas e atores da RCTV e outros canais de televisão.

Às 15H00 local (16H00 de Brasília), a Polícia Metropolitana de Caracas começou a dispersar a manifestação com gás lacrimogêneo e balas de borracha, comprovou um jornalista da AFP.

A manifestação terminou com vários feridos, entre eles um policial que teve de ser internado com uma perna quebrada.

"Um grupo de manifestantes começou a lançar pedras e garrafas", disse à AFP Armando Soto, delegado da Polícia Metropolitana.

Algumas ruas foram bloqueadas com pedaços de madeira e latas de lixo, que foram incendiados pelos manifestantes e viraram barricadas no final da tarde.

No interior do país também houve manifestações, especialmente em Valencia (100 km de Caracas) e San Cristóbal (650 km da capital).

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