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Mulher somali refugiada e seus filhos chegam à capital Mogadishu | Reuters
Mulher somali refugiada e seus filhos chegam à capital Mogadishu| Foto: Reuters

Rebeldes na Somália, país onde foi declarado estado de fome e 3,7 milhões de pessoas estão sofrendo dessa condição, queimaram alimentos e medicamentos, e mataram funcionários de grupos humanitários, como parte de uma prolongada campanha de extorsão contra grupos de ajuda humanitária, informou um relatório da ONU.

As evidências divulgadas no relatório da Comissão de Monitoramento da ONU sobre a Somália e a Eritreia expõem uma política de intimidação contra grupos de ajuda humanitária que ocorre desde 2008.

A ONU e os Estados Unidos vêm culpando o grupo Al Shabaab, ligado à Al Qaeda, pela deterioração da crise alimentar no país, onde a fome foi declarada em duas regiões amplamente controladas pelos militantes.

"O maior obstáculo à assistência humanitária na Somália nessa missão tem sido a negação do acesso por parte dos grupos armados de oposição, principalmente por elementos do Al-Shabaab", disse o relatório obtido pela Reuters na quinta-feira.

Segundo o documento, algumas agências da ONU que estão trabalhando na Somália suspeitavam que organizações locais que estão recebendo fundos e suprimentos estavam pagando dinheiro ao Al Shabaab, considerados "impostos" pelos rebeldes.

O documento relata detalhes de incidentes em que autoridades do Al Shabaab exigiram subornos de autoridades da ONU e de agências humanitárias para permitir o trabalho nas áreas rebeldes, e em alguns casos, queimando estoques de alimentos e medicamentos quando o dinheiro não era pago.

O Al Shabaab surpreendeu os grupos de ajuda humanitária neste mês, prometendo suspender a proibição contra a ajuda alimentar imposta em 2010, mas disse posteriomente que os embargos contra a agência alimentar da ONU, o Programa Alimentar Mundial (PAM), e outras grandes agências continuariam.

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