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Equipes de resgate socorrem vítimas dos atentados na estação Park Kultury, uma das mais movimentadas do metrô de Moscou | Ria Novosti/AFP
Equipes de resgate socorrem vítimas dos atentados na estação Park Kultury, uma das mais movimentadas do metrô de Moscou| Foto: Ria Novosti/AFP
  • Veja os atentados terroristas que aconteceram na Rússia desde 1999

Os atentados de ontem em Moscou trazem à tona uma série de conflitos separatistas que a Rússia enfrenta desde o século 18. Depois do fim da União So­­viética, em 1991, a tensão au­­mentou no Cáucaso, localizado no sudeste da Europa, entre o Mar Negro e o Mar Cáspio. Cerca de 30 milhões de pessoas vivem na região.

Com o fim do comunismo, três regiões recuperaram sua in­­dependência: Arménia, Geór­­gia e Azerbaijão. A disputa atual se concentra no lado norte onde há sete repúblicas autônomas que pertencem à Rússia: Che­­chênia, Ossétia do Norte, lngushetia, Daguestão, Kabar­­dino-Balcária, Karachevo-Cir­­cássia e Adiguea.

A principal religião nessas repúblicas autônomas é o Cris­­tianismo Ortodoxo, mas na Che­­chênia e na Inguchétia são grandes as comunidades mu­­çulmanas.

Em 1994 rebeldes chechenos entraram em guerra com Mos­­cou e conseguiram a independência. Mas durou pouco. Em 1999 o governo russo decidiu re­­cuperar o comando da república. Em maio de 2000, o primeiro-ministro Vladimir Putin restabeleceu governo direto do Kremlin em terra chechena.

Para o cientista político Hans-Henning Schroeder, da Fun­­da­­ção de Ciências Políticas de Ber­­lim, o atentado ao metrô de Mos­­cou é uma nova declaração de guerra ao centro do poder da Rús­­sia, depois de uma trégua de cerca de seis anos, quando os terroristas decidiram concentrar suas operações apenas no norte do Cáucaso.

"A situação do norte do Cáu­­caso começou a se complicar com o fim da União Soviética. De repente, os diversos grupos étnicos começaram a lutar por mais autonomia, sendo que na Che­­chênia a guerra foi pela separação da Rússia. Mas o conflito é marcado ainda por clãs contra clãs, gangues e grupos criminosos e há também os grupos islâmicos", diz Schroeder.

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