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Tegucigalpa - O governo de facto de Honduras impôs um toque de recolher de 15 horas depois do inesperado retorno do presidente deposto Manuel Zelaya ao país. A medida foi tomada depois de simpatizantes do líder derrubado durante um golpe militar em junho terem saído às ruas.

O toque de recolher teve início às 16 h locais (19 h em Brasília) e se estenderá até as 7 h locais de ho­­je. O governo golpista alegou ter tomado a decisão por causa "dos acontecimentos das últimas horas".

Depois de ter corrido a notícia de que Zelaya havia retornado ao país e estava abrigado na Em­­baixada do Brasil em Tegucigalpa, milhares de pessoas foram até a frente da representação diplomática manifestar apoio ao líder deposto. Antes, manifestantes haviam se concentrado em frente da embaixada dos EUA.

Logo depois, o Ministério das Relações Exteriores de Honduras criticou o Brasil, acusando-o de "violar as leis internacionais" ao permitir que Zelaya, "um foragido da Justiça hondurenha, conclamasse publicamente uma insurreição e a mobilização política".

Num pronunciamento no rádio e na tevê, o presidente de facto, Roberto Micheletti, exigiu que o Brasil entregue Zelaya às autoridades hondurenhas.

"Faço um pedido ao governo do Brasil para que respeite a ordem judicial ditada contra o senhor Zelaya entregando-o às autoridades competentes de Honduras".

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