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Genebra – A ONU destaca que a tendência de maior intervenção estatal na economia sul-americana avança e sugere que os governos da região adotem acordos de taxação progressiva com os investidores, além de uma estratégia clara de como vão utilizar os recursos. Segundo o relatório de investimentos das Nações Unidas, a época de acordos de concessão deve ser superado por "acordos de parceria", com direitos e deveres tanto para os governos como para as multinacionais.

O documento promete causar polêmica, já que insinua um apoio às políticas adotadas nos últimos anos pela Venezuela, Bolívia e mais recentemente pelo Equador de revisão dos contratos com petroleiras e outras empresas multinacionais.

Contratos generosos

Para a ONU, os contratos assinados por multinacionais nos anos 90 em alguns países podem ter sido "generosos demais" para os investidores. "Não estamos endossando ou rejeitando o que ocorre na região. Mas se lemos o relatório entre as linhas, o que estamos dizendo é que essas medidas são legítimas e lógicas. Alguns governos não foram inteligentes ou agressivos o suficiente ao negociar os acordos com as multinacionais nos anos 90. Hoje, as medidas de rever os contratos assustam. Mas há uma lógica", disse Karlotay Kalman, um dos autores do documento.

Segundo o relatório, a América Latina foi região que mais medidas negativas tomou contra os interesse dos investidores em 2006. A tendência de nacionalização que começou no setor de energia estaria agora se espalhando para telecomunicações e eletricidade. No caso de Caracas e La Paz, as medidas podem ser uma reação a acordos dos anos 90 que a própria ONU admite que poderiam estar desequilibrados a favor das multinacionais.

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