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Um relatório da agência nuclear da Organização das Nações Unidas (ONU), que deve ser divulgado na quinta-feira, pode confirmar que o Irã aumentou em vez de suspender seu programa de combustível nuclear. A conclusão do documento pode expor Teerã a sanções mais amplas por temores de que o país esteja buscando secretamente adquirir bombas atômicas.

O prazo de 60 dias para que a república islâmica parasse o enriquecimento de urânio expirou na quarta-feira. O Irã ofereceu dar garantias de que não busca armas nucleares, mas apenas como parte das negociações. O país recusou suspender o programa como uma condição prévia às negociações.

``A nação iraniana defende seus direitos. O direito nuclear é reivindicado por todos os iranianos e ninguém no mundo pode tirar da nação iraniana seu direito'', disse o presidente Mahmoud Ahmadinejad em um discurso no noroeste do Irã, segundo divulgou a agência de notícias ISNA.

Ahmadinejad não tem a palavra final na questão nuclear, mas a maior autoridade do Irã, o líder supremo aiatolá Ali Khamenei, já disse que o seu país vai levar adiante o trabalho que as autoridades iranianas insistem em dizer que visa apenas à geração de eletricidade.

``Infelizmente, os iranianos não aceitaram as exigências da comunidade internacional e teremos de nos reunir. Teremos de decidir o que fazer daqui para a frente'', disse a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, em Berlim na quarta-feira.

Rice, o ministro das Relações Exteriores da Alemanha Frank-Walter Steinmeier, seu colega russo Sergei Lavrov e o chefe da política externa da UE Javier Solana devem se reunir em Berlim na quinta-feira para discutir as próximas medidas a serem tomadas na questão iraniana.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) deve divulgar um relatório sobre se o Irã descumpriu o prazo para que suspendesse a atividade relacionada ao enriquecimento de material nuclear.

``Terei de dar um parecer negativo'', disse o diretor da AIEA, Mohamed ElBaradei, ao jornal britânico Financial Times esta semana.

O Ocidente teme que o Irã, que escondeu o trabalho de enriquecimento da AIEA por 18 anos e que vem impedindo investigações que garantam que seu programa é totalmente pacífico, esteja tentando fabricar bombas por trás da desculpa de um programa de energia nuclear civil.

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