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O presidente francês, Nicolas Sarkozy, afirmou ontem que "não se pode comparar" as manifestações de jovens ocorridas na Tu­­nísia no começo do ano com os recentes protestos na Espanha, pois este país é uma "verdadeira democracia". "A Espanha é uma grande democracia", salientou o líder francês durante uma coletiva de imprensa, ao final da cúpula do G8, que reuniu os oito países mais industrializados do mundo na quinta e sexta-feira em Deau­­ville, noroeste da França.

Questionado a respeito do assunto, o chefe de Estado alegou que "não se trata do mesmo movimento. A Tunísia e o Egito não são democracias, ainda que aspirem a tal", completou Sarkozy.

O desemprego, o alto custo de vida e o fato de se sentirem à margem do sistema levou milhares de tunisianos, em especial os mais jovens, a dar início aos protestos e confrontos com as forças da or­­dem. As manifestações acarretaram na saída do autoritário presidente Zine el Abidine Ben Ali em 14 de janeiro.

Desde meados de maio, milhares de jovens espanhóis rebelaram-se em diversas cidades do país, principalmente em Madri, expressando indignação e pessimismo diante de um futuro sem perspectivas. O desemprego na Espanha, país fortemente afetado pela crise na Zona do Euro, afeta 45% dos jovens com menos de 25 anos.

Epicentro

O maior protesto ocorre na Praça do Sol, em Madri, mas em outras cidades também há manifestações. Em Barcelona os manifestantes ocupam a Praça Catalu­­nya, onde ontem foram reprimidos violentamente por forças po­­liciais.

Os protestos se inspiram não somente na Tunísia. No Egito os manifestantes conseguiram, de­­pois de ficarem acampados na principal praça da cidade do Cairo, derrubar o ditador Hosni Mubarak, que estava no poder fazia mais de 30 anos e articulava deixar seu filho no cargo.

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