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O presidente do Senado Federal, José Sarney (PMDB-AP), ex-presidente do Brasil, fez hoje um discurso emocionado no funeral do ex-presidente da Argentina Raúl Alfonsín, no Salão Azul do Congresso argentino.

Entre os discursos de políticos, o de Sarney, amigo de Alfonsín e representante oficial do governo brasileiro, foi um dos destaques: "Regresso à Argentina, a este país pelo qual tenho tanta admiração, carinho e estima, que eu gosto tanto por sua história, sua tradição, seu povo, em um momento triste, em que cumpro com o dever de Estado, mas muito mais que isso, com os deveres da amizade", disse emocionado.

Sarney destacou que representava "o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o povo brasileiro com o coração ferido do amigo que admirava". O senador brasileiro ressaltou a amizade e o reconhecimento do Brasil ao ex-presidente, bem como sua "coragem e visão de estadista que abriram o caminho para as mudanças que marcaram profundamente não só a Argentina, mas toda a America Latina".

Sarney fez um breve histórico sobre o encontro entre ele e Alfonsín, em 1986, que marcou o início da integração entre as duas nações. "Tivemos a visão que a concorrência entre Brasil e Argentina era inútil", disse Sarney, mais uma vez, em tom emotivo.

"Sepultaremos um patrimônio não só da Argentina, mas de nossos países. Alfonsín entra para a eternidade da história como patriota democrático", afirmou.

"Seu legado foi o de um homem que ajudou a mudar a história do continente com a esperança da integração", destacou, afirmando que o ex-presidente "é um símbolo da Argentina e das Américas".

A cerimônia do funeral de Alfonsín está sendo transmitida em rede nacional de TV e o enterro será nesta tarde. Alfonsín morreu anteontem, vítima de um câncer no pulmão.

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