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O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-Moon, teve uma chegada atribulada na Argentina, onde cumpre agenda nesta segunda-feira. O voo dele estava previsto para aterrissar no domingo na capital portenha, mas a persistente nuvem de cinzas do vulcão chileno Puyehue o obrigou a pousar em Córdoba, durante a madrugada, e fazer o traslado de carro para Buenos Aires.

Ban Ki-Moon teve de enfrentar 700 quilômetros de viagem, com parada para café da manhã em um posto de gasolina da cidade de Rosario, com direito ao popular alfajor (uma espécie de bolacha recheada com doce de leite).

Quem contou a aventura do secretário-geral da ONU foi a própria presidente argentina, Cristina Kirchner, durante entrevista coletiva de imprensa, após reunião mantida com Ban Ki-Moon. "Hoje é o aniversário do secretário-geral da ONU e eu gostaria que ele não tivesse que ter vindo de Córdoba de carro (...) Ele recebeu excelentes boas-vindas com os alfajores argentinos, mas as cinzas são chilenas", disse a presidente.

Cristina se desculpou com Ban Ki-Moon, mas insistiu em deixar claro que a culpa é do Chile. "Não temos nada contra os chilenos mas as cinzas são deles", brincou a presidente, afirmando que o cancelamento dos voos é por questões do clima, "impossíveis de ser controladas, nem por decretos". Cristina também confirmou que a Argentina vai votar pela reeleição de Ban Ki-Moon e repetiu a histórica reivindicação de seu país pela soberania argentina sobre as Ilhas Malvinas, em disputa com a Inglaterra.

Os aeroportos da Argentina vivem um verdadeiro caos desde o último dia 4, quando o complexo vulcânico Puyehue-Cordon Caulle entrou em erupção. Os voos de Ezeiza e Aeroparque, os dois principais aeroportos do país, em Buenos Aires, estão suspensos desde ontem à noite. Na semana passada, já havia ocorrido o mesmo. Oficialmente, os voos estão suspensos até as 19h desta segunda-feira, mas a previsão meteorológica indica que o céu só ficará limpo a partir do final desta terça-feira.

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