• Carregando...
O novo presidente regional catalão eleito Quim Torra (C) saindo do parlamento catalão após sua eleição | JOSEP LAGOAFP
O novo presidente regional catalão eleito Quim Torra (C) saindo do parlamento catalão após sua eleição| Foto: JOSEP LAGOAFP

O Parlamento catalão elegeu nesta segunda-feira (14) um novo presidente regional, depois de seis meses de crise política.

O separatista Quim Torra foi escolhido por 66 votos a 65, com 4 abstenções de parlamentares do partido de extrema esquerda CUP. Torra, um editor de 55 anos, é da ala radical dos separatistas e fiel ao ex-presidente catalão Carles Puigdemont. 

Torra foi escolhido por Puigdemont para sucedê-lo. O ex-líder, que está foragido em Berlim, é acusado na Espanha de rebelião e mau uso de dinheiro público após liderar a tentativa de independência da região.

Leia também: Os dois lados da independência da Catalunha

O governo central espanhol deve encerrar sua intervenção na Catalunha depois da posse de Torra e de seu gabinete nesta semana.

Em um primeiro debate sobre a questão no sábado, Torra não conseguiu ser eleito, pois não recebeu o apoio da maioria absoluta (68 votos de 135).

Na ocasião, ele prometeu trabalhar "sem descanso" pela independência e facilitar mais adiante o retorno ao poder de Puigdemont, que chamou de "presidente legítimo".

"Seremos leais ao mandato do referendo de autodeterminação de 1º de outubro: construir um Estado independente em forma de república", disse ele no Parlamento.

Plebiscito

A crise na Catalunha começou com o plebiscito em outubro passado, proibido pela Justiça espanhola e marcado pela violência policial.

Quase dois milhões de catalães, de um total de 5,5 milhões de eleitores, votaram pela independência da região, o que levou o Parlamento catalão a declarar a independência em 27 de outubro.

O governo espanhol do primeiro-ministro Mariano Rajoy respondeu com a dissolução do Parlamento e a destituição de Puigdemont e de seu Executivo, assumindo o controle da autonomia regional.

Torra formará agora um novo governo, requisito para o fim da intervenção de Madri.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]