• Carregando...
Policial russo aguarda em frente ao local onde houve a explosão de uma bomba em um trolebus do transporte público de Volgogrado | REUTERS/Sergei Karpov
Policial russo aguarda em frente ao local onde houve a explosão de uma bomba em um trolebus do transporte público de Volgogrado| Foto: REUTERS/Sergei Karpov

Rússia reforça segurança após ataques suicidas

Agência Estado

Milhares de policiais e forças paramilitares fazem a segurança da cidade de Volgograd, na Rússia, onde ataques suicidas resultaram na morte de ao menos 33 pessoas. As explosões realçam as ameaças terroristas que a Rússia enfrenta enquanto se prepara para sediar os Jogos de Inverno em fevereiro. Volgograd está a 650 quilômetros ao norte de Sochi, onde as Olimpíadas serão sediadas.

Em meio à onda de ataques à bomba, a polícia aumentou o número de policiais nas ruas e o Ministério do Interior enviou tropas à cidade de Volgograd para reforçar a segurança.

Autoridades cancelaram grandes eventos de Ano Novo na cidade, uma das mais visitadas nesta época do ano, e pediram aos residentes que não usem fogos de artifício. Em Moscou, as festividades foram mantidas, mas as autoridades disseram que a segurança poderia ser aumentada.

Nenhum grupo assumiu imediatamente a responsabilidade por qualquer uma das duas explosões, que vieram meses depois do líder rebelde da Chechênia Doku Umarov pedir novos ataques contra alvos civis na Rússia, incluindo os Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi.

Um dos feridos em um dos dois atentados que ocorreram na cidade de Volgogrado, na Rússia, não resistiu e morreu no hospital, o que elevou o número de mortes nos ataques terroristas para 33, informou nesta terça-feira o Ministério para Situações de Emergência do país.

"Esta noite, em um dos hospitais de Volgogrado, morreu um dos feridos na explosão na estação no dia 29 de dezembro", disse o porta-voz do Ministério, Dmitri Ulanov, citado pela agência "Interfax".

O funcionário acrescentou que 18 pessoas morreram no total, por causa do atentado cometido por uma terrorista suicida que detonou uma bomba no posto de controle de armas na entrada da principal estação de trens de Volgogrado.

Ulanov detalhou que 15 pessoas morreram no atentado suicida de ontem contra um trolebus no centro da mesma cidade.

Segundo dados oficiais, além das mortes, os dois atentados, que ocorreram com menos de 24 horas de diferença, deixaram 73 pessoas feridas, das quais 65 tiveram que ser hospitalizadas.

Os principais canais da televisão estatais mudaram a programação prevista para a véspera de Ano Novo, enquanto a região de Volgogrado declarou cinco dias de luto, até 3 de janeiro.

O Partido Comunista da Rússia, a segunda força no Parlamento do país, pediu que o presidente Vladimir Putin declare luto nacional e suspenda todos os festejos e celebrações populares do Ano Novo.

O chefe do Kremlin ordenou ao Comitê Nacional Antiterrorista, que coordena o trabalho de todas as forças de segurança do país na luta contra o terrorismo, que reforce os protocolos de segurança em todo o território nacional para prevenir novos ataques.

Essa medida foi considerada insuficiente pelo ultranacionalista Partido Liberal Democrático da Rússia, que pediu a instauração do regime de operação antiterrorista, uma espécie de estado de exceção, em toda a região de Volgogrado e também nas vizinhas Stavropol e Astrakhan.

O líder dos ultranacionalistas, Vladimir Zhirinovsky, exigiu, além disso, a reinstalação da pena de morte para punir os crimes de terrorismo.

Começam funerais de vítimas dos atentados em VolgogradoAgência O Globo

Bandeiras em toda a província de Volgogrado foram colocadas a meio mastro durante o luto oficial pelos 33 mortos, decretado na região até sexta-feira, enquanto começam os funerais das primeiras vítimas dos atentados aparentemente perpetrados por fundamentalistas islâmicos.

O homem que detonou a bomba na estação ferroviária no domingo foi identificado pela imprensa local como Pavel Pechonkin, de Volzhsk, uma cidade da República de Mari El, pertencente à região do Volga. Os serviços de segurança russo, no entanto, não confirmaram a identidade do suspeito. A princípio, acreditava-se que o autor do ataque seria uma mulher, identificada como Oksana Aslanova.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]