O recluso líder Taliban, Mullah Mohammad Omar, pediu ao povo afegão que deixe suas diferenças de lado e se junte à campanha do movimento militante islâmico para tirar as tropas ocidentais do Afeganistão.
A rara mensagem de Omar foi feita através de Qari Mohammad Yousuf, porta-voz do Taliban, no dia que marca o 88o aniversário da independência do Afeganistão.
Ele disse que o Afeganistão foi mais uma vez "ocupado por forças colonizadoras", referindo-se aos quase 50 mil soldados estrangeiros liderados pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e pelos Estados Unidos no país.
"Os inimigos da religião do Islã e da independência do país lançaram propagandas satânicas com slogans de democracia e liberdade, e estão tentando dispersar os afegãos", diz a mensagem de Omar.
"Temos que deixar de lado todas as nossas diferenças internas, regionais e de idioma, e nos unir contra o inimigo", acrescenta o texto, que foi lido à Reuters por telefone por Yousuf, de um lugar não-revelado.
O governo norte-americano oferece recompensa de 10 milhões de dólares pela prisão de Omar.
A localização do líder Taliban é um mistério desde que forças lideradas pelos EUA invadiram o Afeganistão e derrubaram a milícia do poder em 2001, após Omar ter se recusado a entregar Osama bin Laden, chefe da al Qaeda e arquiteto dos ataques terroristas de 11 de setembro.
O Taliban tem voltado à guerrilha nos últimos 19 meses, período de maior violência desde que foi tirado do poder, particularmente no sul e no leste do país perto da fronteira com o Paquistão.
Inspirado pelos insurgentes do Iraque, o Taliban confia amplamente em ataques suicidas e em bombardeios em rodovias como parte da campanha contra o atual governo do Afeganistão e tropas estrangeiras.
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