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Peru

Terremoto matou 513 e derrubou mais de 35 mil casas

Mais de mil pessoas ainda estão feridas por causa do tremor. Região de Ica é a mais afetada, com 491 mortos

O terremoto de 7,9 graus que atingiu a costa peruana na semana passada deixou pelo menos 513 mortos e destruiu 35.568 imóveis, segundo números da Defesa Civil do Peru. Os feridos somam 1.042.

A região de Ica, que reúne as províncias de Chincha, Ica, Nazca e Pisco, contabiliza até o momento 491 mortos e 829 feridos. São 32.310 imóveis destruídos. Na região de Lima, com as províncias de Cañete, Huarochiri, Lima, Yauyos e Callao, são 19 mortos, 198 feridos. Pelo menos 2.795 imóveis foram destruídos e outros 3.168 sofreram danos.

Na zona andina, a região de Huancavelica foi a mais afetada, com três mortos, 15 feridos e 313 imóveis destruídos e outros 948 afetados. Em Junín, quatro casas foram destruídas; em Ayacucho, 215, com mais 134 afetadas.

Estragos

Os boletins recebidos contabilizam até o momento a destruição de sete edifícios, quatro estabelecimentos comerciais, oito igrejas, um hotel, 10 centros educativos e dois estabelecimentos de saúde. Além disso, sofreram danos duas pontes, 47 centros educativos, 19 estabelecimentos de saúde e 27 trechos de diversas estradas.

Cinco dias depois do terremoto, a maioria das equipes encarregadas da busca de vítimas abandonou o centro de Pisco, onde continua a assistência aos sobreviventes. Grande parte dos habitantes está deixando a cidade devastada.

Os trabalhos de resgate só continuam nos poucos pontos onde há chances de encontrar mais vítimas, como o Hotel Embassy, a poucos metros da praça principal. O edifício desmoronou com vários hóspedes em seu interior.

Atendimento

Os médicos do Hospital Móvel da Prefeitura de Lima, na Praça de Armas, já atenderam cerca de 2.500 pessoas, segundo Alberto Enríquez, diretor do centro. Após seis dias e seis noites em que muitos moradores dormiram ao relento ou em barracas, as principais doenças são "pneumonia por inalação de poeira e infecções respiratórias, intestinais e dermatológicas", disse o médico.

O resto do centro urbano de Pisco também foi quase todo abandonado porque não está habitável. Quase todo destruído, coberto de pó, sem água nem luz, ainda demorará um longo tempo para restabelecer os serviços básicos.

Quem não está num dos 13 albergues instalados em Pisco e seus arredores pela Defesa Civil deixa a cidade de carro ou de ônibus. Alguns aproveitam os vôos militares que partem com destino a Lima.

O presidente do Peru, Alan García, afirmou que o terremoto "custará" 0,3 ponto às projeções de crescimento do país, estimadas em 8% para 2007.

Sobre a tarefa de reconstrução no departamento de Ica, García prometeu cuidar pessoalmente das obras na parte histórica da cidade de Pisco. Ele quer fazer da localidade "um dos lugares mais belos do país e um pólo turístico de grande importância".

Ajuda

Três cientistas paranaenses foram chamados pela Organização das Nações Unidas (ONU) para avaliar os estragos provocados pelo terremoto no Peru. O grupo embarca nesta quinta-feira (23) para Pisco. Os cientistas vão levantar informações para evitar novos desastres, como deslizamentos de terra e enchentes.

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