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Investigadores trabalham no local de um tiroteio no campus da Universidade Estadual de Perm, na Rússia, 20 de setembro
Investigadores trabalham no local de um tiroteio no campus da Universidade Estadual de Perm, na Rússia, 20 de setembro| Foto: EFE/EPA/RUSSIAN INVESTIGATIVE COMMITEE

Um atirador abriu fogo em uma universidade na cidade de Perm, nos Montes Urais, na Rússia, nesta segunda-feira (20), deixando ao menos seis pessoas mortas e 28 feridas, segundo autoridades russas.

As primeiras investigações indicaram que o responsável pela ação foi um aluno da faculdade de Direito da própria universidade, que ficou ferido durante troca de tiros com agentes das forças de segurança que atenderam a ocorrência.

O atirador foi encaminhado para um hospital local e está internado em unidade de terapia intensiva (UTI). Segundo o agente que conseguiu neutralizar o atirador, ele estava munido de uma escopeta e uma navalha.

Segundo o Ministério da Saúde da Rússia, entre os primeiros 24 feridos, 19 sofreram ferimentos a bala e os outros precisaram ser atendidos porque saltaram das janelas para escapar do atirador. O número de vítimas foi atualizado pelas autoridades, que inicialmente relataram oito mortes.

A universidade de cerca de 12 mil estudantes afirmou que cerca de 3 mil pessoas estavam no campus no momento do tiroteio. Estudantes e funcionários se trancaram em salas de aula e fizeram barricadas com cadeiras. Vídeos da imprensa local mostram várias pessoas saltando das janelas do edifício de dois andares.

A assessoria de imprensa da Universidade de Perm informou, através de mensagem nas redes sociais, que as aulas foram interrompidas na instituição de ensino logo que foram ouvidos os primeiros disparos. A Universidade também afirmou que o atirador usou uma arma que dispara balas de borracha, que pode ser modificada para usar munição real.

Um dos alunos que testemunhou o ataque, afirmou ao site local 59.ru, que o atirador iniciou a série de disparos assim que conseguiu entrar no campus. "Nós nos escondemos em uma sala de aula durante uma hora. Éramos umas 60 pessoas", relatou o estudante.

Imagens das câmeras de segurança indicaram que o responsável pela ação ainda disparou contra veículos estacionados, antes de começar a mirar contra alunos da universidade.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, no momento em quarentena após um surto de Covid-19 no Kremlin, se manifestou sobre o caso e deu condolências aos familiares das vítimas. Já o primeiro-ministro do país, Mikhail Mishustin, enviou os ministros da Saúde e da Educação para o local do ataque. As autoridades de Perm, por sua vez, declaram luto oficial e suspenderam as aulas em todas as instituições de ensino da região.

Os tiroteios em escolas e universidades passaram a ocorrer com mais frequência nos últimos anos na Rússia. Putin já denunciou o fenômeno como sendo importado dos Estados Unidos.

Em maio deste ano, um homem de 19 anos abriu fogo em sua antiga escola em Kazan, matando nove pessoas. O autor do crime tinha permissão para uso de arma semiautomática. No mesmo dia do ataque, Putin mandou revisar a legislação sobre porte de armas.

Primeiras investigações

De acordo com a imprensa russa, o autor do ataque teria deixado uma mensagem nas redes sociais, antes de efetuar os disparos dentro do campus da universidade.

"Eu me odeio, mas quero causar dor a todos que se metam no meu caminho", diz frase postada em um perfil que seria do jovem, de apenas 18 anos. Além disso, o responsável pela ação teria escrito que não pertence a qualquer organização terrorista.

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