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Velas acesas em memória das vítimas dos atentados Krystle Campbell, Lu Lingzi e Martin Richard, e do policial Sean Collier | Brian Snyder/Reuters
Velas acesas em memória das vítimas dos atentados Krystle Campbell, Lu Lingzi e Martin Richard, e do policial Sean Collier| Foto: Brian Snyder/Reuters

Viúva

Esposa de Tamerlan diz que não sabia nada sobre os atentados terroristas

Agência O Globo

As autoridades americanas foram atrás da esposa de Tamerlan Tsarnaev, morto na operação policial de sexta-feira, enquanto tentam interrogar o irmão Dzhokhar Tsarnaev, ainda em estado grave no hospital. Apesar de o prefeito de Boston, Tom Menino, ter advertido que Dzhokhar pode não ter condições de se pronunciar sobre os ataques devido a seu estado de saúde, a mídia local informou, citando fontes sob condição de anonimato, que Dzhokhar respondeu a perguntas por escrito.

A americana Katherine Russell Tsarnaev, esposa de Tamerlan, estava trabalhando no momento dos ataques na linha de chegada da corrida, que deixaram três mortos e mais de 170 feridos na última segunda-feira. De acordo com o advogado Amato DeLuca, a viúva só descobriu que seu marido estava na mira da polícia pela televisão, durante a perseguição policial que levou à morte de Tamerlan.

Segundo ele, Katherine, a princípio, não percebia nada estranho em Tamerlan e não imaginava que ele poderia estar por trás dos atentados. Ela trabalha de 70 a 80 horas semanais como assessora de saúde. Enquanto estava no trabalho, Tamerlan cuidava da filha.

De acordo com informações divulgadas ontem à noite pelas redes de tevê CNN e CBS, Dzhokhar Tsarnaev, de 19 anos, está lúcido, no hospital, respondendo a perguntas das autoridades. Ele teria admitido a autoria dos atentados na Maratona de Boston e afirmou que ele e o irmão agiram sozinhos – uma das maiores preocupações dos EUA, que eles estivessem ligações com redes como a Al-Qaeda ou que os atos terroristas fizessem parte de um plano mais extenso.

Os irmãos teriam aprendido como fazer as bombas por meio de vídeos na internet. Tsarnaev ainda não consegue falar por causa dos ferimentos que sofreu – especula-se que ele tentou se matar antes da polícia prendê-lo –, mas se comunica por escrito.

Segundo a CBS, o jovem checheno radicado nos EUA está cooperando com as autoridades. Ainda ontem, o Departamento de Justiça dos EUA havia indiciado Tsarnaev pelo uso de armas de destruição em massa contra civis. Ele será julgado por um tribunal civil, pois um cidadão americano não pode ser julgado por um tribunal militar.

A hipótese havia sido levantada pela imprensa americana pela origem estrangeira do jovem, que nasceu no Quirguistão e tem origem chechena. Porém, ganhou a cidadania americana em 11 de setembro de 2012.

Além da acusação por conspiração pelo uso de armas de destruição em massa, ele também será processado por destruição de propriedade seguido de morte. Caso seja condenado pela Justiça federal americana, ele poderá pegar de prisão perpétua até a pena de morte.

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