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Aproximação

Venezuela e Argentina fecham acordos comerciais de US$ 1,1 bilhão

Cristina Kirchner com Chávez, em Caracas: Argentina sai ganhando | Jorge Silva/Reuters
Cristina Kirchner com Chávez, em Caracas: Argentina sai ganhando (Foto: Jorge Silva/Reuters)

Caracas - Os presidentes da Venezuela e da Argentina assinaram ontem acordos com o objetivo de estimular o comércio bilateral entre os dois países, enquanto as relações co­­merciais de Caracas com a vizinha Colômbia começam a encolher. O objetivo da Venezuela é substituir as importações da Colômbia.

Os acordos foram assinados durante a visita à capital venezuelana da presidente argentina Cris­­tina Fernandez de Kirchner, que reuniu-se com seu colega Hugo Chávez.

Os dois presidentes dizem que querem maiores relações comerciais entre os dois países, tanto en­­tre empresas privadas quanto estatais, e maior troca de tecnologia. "Hoje, estamos assinando acordos de US$ 1,1 bilhão", disse Cris­­tina após uma reunião com Chá­­vez. "A integração (entre os dois países) é muito importante...e nós vamos continuar com ela".

Os planos para aumentar o co­­mércio, em setores que vão do au­­tomotivo aos têxteis e à agricultura, surgem no momento em que Chávez tenta reduzir o comércio com a Colômbia, um importante aliado dos Estados Unidos na Amé­­rica Latina.

Mesmo antes da líder argentina, Cristina Fernandez de Kirch­­ner, ter chegado a Caracas para o encontro com Chávez, funcionários venezuelanos anunciaram o cancelamento de uma encomenda de compra de 10 mil carros da Colômbia e que iriam realizar a aquisição da Argentina.

"Esses 10 mil automóveis que compraríamos da Colômbia, que sejam comprados pelo Obama", disse o ministro de Comércio da Venezuela, Eduardo Samán.

Enquanto Cristina reunia-se a portas fechadas com Chávez on­­tem, dezenas de líderes empresariais argentinos que a acompanharam na viagem procuravam estabelecer acordos com empresas venezuelanas ou conquistar contratos do governo.

Pedro Bergaglio, presidente do Protejer, um grupo que representa a indústria têxtil argentina, disse que as exportações de têxteis para a Venezuela podem saltar para US$ 1 bilhão sob os novos acordos, já que a administração Chávez ten­­ta eliminar as compras da Co­­lômbia. "Manter os custos de trans­­porte e preços baixos para competir com a Colômbia, porém, será um desafio", disse ele. Algumas exceções em impostos de exportações para o governo argentino se­­rão necessárias para diminuir os custo, disse ele.

Se o comércio entre Colômbia e Venezuela, que atingiu US$ 6 bilhões no ano passado, continuar a se deteriorar, então a Argentina e outros países terão muito a ga­­nhar. O comércio entre Venezuela e Argentina em 2008 movimentou US$ 1 bilhão.

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