• Carregando...
 | Albari Rosa/Gazeta do Povo
| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Em 2001, um grupo de pessoas lideradas pelo advogado e empresário Francisco Cunha Pereira Filho percebeu a necessidade de dar sequência às lutas paranistas da década anterior, vitoriosas na sustentação da unidade territorial do estado, ameaçada, à época, por um projeto separatista. Foi assim que surgiu o Movimento Pró-Paraná, cuja fundação teve lugar em 25 de janeiro daquele ano, em cerimônia presidida pelo então deputado Caíto Quintana, no auditório da Biblioteca da Assembleia Legislativa. Hoje, chegamos à maioridade, completando 18 anos de ações em defesa das causas paranaenses, principalmente no âmbito da Federação brasileira, motivados, ao lado da defesa da integridade territorial, pela realidade do Brasil como um país continental organizado como federação, mas herdeiro da cultura lusitana de centralização política.

Nestes 18 anos, o Movimento Pró-Paraná se consolidou como entidade de integração sociocultural e representação federativa da gente paranaense, conseguindo diversas vitórias no campo institucional, sustentando bandeiras em um processo de continuidade que valoriza o protagonismo da sociedade civil num país democrático, e promovendo o civismo, como na comemoração do dia 29 de agosto, que assinala a data da lei de criação da então Província do Paraná, em 1853.

O Movimento Pró-Paraná se consolidou como entidade de integração sociocultural e representação federativa da gente paranaense

“Chegar a este marco de maioridade foi um triunfo do espírito paranista, no sentido cultuado por Romário Martins, de amor à terra onde nascemos ou para onde nos levaram as circunstâncias no curso da existência”, nas palavras do atual presidente, Marcos Domakoski, ao apresentar um sumário das atividades e realizações da entidade. A fundação do Pró-Paraná deu moldura institucional a um esforço de presença federativa do Paraná que já vinha de período anterior, desde a época de 1990, por ocasião das lutas em defesa da unidade territorial paranaense ameaçada por um projeto separatista. Naquela ocasião, lideranças do estado – à frente o saudoso empresário e jornalista Francisco Cunha Pereira Filho – já se empenhavam pelas causas paranistas, tanto que o primeiro esboço de um estatuto para a entidade, ainda como “Centro Federativo do Paraná”, data de 1999.

Organizado como um ente para articular e promover relações institucionais e federativas, o Movimento, depois presidido pelo também saudoso Belmiro Castor e pelo empresário Jonel Chede, colecionou vitórias como a que sediou Curitiba como Capital Americana da Cultura em 2003; a liberação de verbas da União federal para a retomada das obras do prédio do Departamento Regional do Banco Central, da conclusão do prédio da Justiça Federal e do Anexo do Hospital de Clínicas; a instalação do Escritório do Ministério de Relações Exteriores no Paraná; o apoio à realização de jogos da Copa do Mundo de 2014 em Curitiba; e, recentemente, a aproximação entre dois entes públicos que viabilizou a autorização para a construção de uma segunda ponte entre Brasil e Paraguai em Foz do Iguaçu, além de outros projetos de infraestrutura.

Leia também: O Paraná aguarda bons projetos para o seu futuro (artigo de Marcos Domakoski, publicado em 10 de março de 2018)

Leia também: Paraná e Canadá: conectados pela inovação (artigo de Paulo de Castro Reis, publicado em 31 de março de 2018)

Neste aspecto, o Pró-Paraná endossa a iniciativa do professor René Dotti, de mais ousadia dos paranaenses. Entre tais ações, acrescenta o presidente Marcos Domakoski, “o Paraná precisa exercitar maior presença em assuntos internacionais para exposição de suas oportunidades e atração de investimentos, cabendo inclusive participar ou sediar eventos como uma das edições sul-americanas do Fórum Econômico de Davos, bem como iniciativas de igual porte”. É por isso que ainda há muitas outras bandeiras em curso, sustentadas pelo Pró-Paraná: a reformulação geográfica dos limites do mar territorial, que beneficiará o Paraná com recursos de royalties e participações da exploração de poços de petróleo da camada do pré-sal; a implantação do Tribunal Regional Federal da 6.ª Região em Curitiba; a construção de uma nova ferrovia entre o Litoral e o interior paranaense via Curitiba; e a solução para o estágio crítico do Contorno Sul do Anel Viário de Curitiba, entre outras iniciativas em benefício do povo paranaense, a razão de existir do Pró-Paraná.

Rafael de Lala, jornalista, é vice-presidente-secretário do Movimento Pró-Paraná e presidente da Associação Paranaense de Imprensa.
0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]