| Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Começamos 2018 com uma excelente notícia: tivemos a menor inflação em duas décadas. O índice anual ficou, segundo o IBGE, em 2,95%, abaixo do piso do Banco Central, que era de 3%. A inflação baixa é resultado da queda dos preços dos alimentos, que sofreram até deflação, graças à nossa supersafra. É fruto também de decisões corretas e equilibradas de nossa equipe de governo.

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Estamos consolidando o círculo virtuoso: com os preços mais baixos, os salários têm melhor poder de compra e as famílias podem consumir mais. Isso reaquece a economia, gerando mais produção, mais investimentos e mais empregos, que já voltam aos milhares. Batemos também o recorde de juros baixos – 7% ao ano, a menor taxa Selic em 31 anos. Em 2018, a inflação vai continuar baixa e o PIB deve crescer mais de 3%, segundo projeções dos economistas.

A inflação foi ainda menor, de 2,07%, para os que ganham menos. Um feito que merece ser comemorado por um povo que conheceu a ciranda da indexação e sabe como a carestia arruina a renda das famílias, sobretudo a das mais pobres, que não têm poupança para se proteger. Por isso se diz que a inflação é o pior imposto. Quando assumimos, há pouco mais um ano e meio, a inflação estava em mais de 10%.

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Buscamos austeridade e eficiência sem cortar na área social

Conseguimos recuperar nossa economia da recessão mais profunda de sua história. Conto com o Congresso para aprovar em breve a reforma da Previdência e assim garantir a saúde das contas públicas e a estabilidade da economia como um todo. Almejamos, ainda, realizar a simplificação tributária.

Em 2017, aprovamos o teto dos gastos públicos e modernizamos a legislação nas áreas do trabalho, agronegócio e meio ambiente, além de modificar regras para incentivar investimentos em energia, petróleo e infraestrutura. Selecionamos 7 mil obras, em todas as regiões, para serem concluídas – e já estamos fazendo as entregas devidas à população. Também ajudamos estados e municípios a equacionarem suas dívidas.

Leia também: A inflação abaixo da meta (editorial de 10 de janeiro de 2018)

Leia também: Responsabilidade ou populismo (editorial de 14 de janeiro de 2018)

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Buscamos austeridade e eficiência sem cortar na área social. Zeramos a fila e reforçamos o conjunto de benefícios do Bolsa Família. É do nosso governo o maior programa de titulação de terras urbanas e rurais. Reativamos o Minha Casa, Minha Vida, com 674 mil unidades contratadas. Em 2017, o orçamento da educação e da saúde aumentou – ao contrário do que previram os catastrofistas.

Devolvemos aos seus legítimos donos, os trabalhadores, R$ 44 bilhões retidos em contas inativas do FGTS, além de anteciparmos mais R$ 21 bilhões do PIS-Pasep, que agora pode ser sacado por quem tem mais de 60 anos – antes a idade mínima era 70 anos.

Ainda há muito a fazer, mas o que enumeramos aqui comprova que não fizemos pouco. Início de ano, sobretudo de ano eleitoral, é hora de planejar o futuro. Precisamos preservar tudo isso que o Brasil conquistou em 2017, com dificuldade e esforço. Não podemos retroceder aos tempos da recessão, da incerteza e da desordem. Continuaremos a trabalhar para ajudar a consolidar, sem ilusões e populismos, um país mais eficiente e justo, que conjugue prosperidade social com responsabilidade fiscal.

Michel Temer é presidente da República.