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| Foto: AlexandreMarchetti/Divulgação/Itaipu

A usina de Itaipu foi novamente vital para o desenvolvimento do Brasil e do Paraguai. Em 2016, depois de superar todos os seus próprios recordes, a empresa voltou a ser a maior produtora anual de energia do mundo, ultrapassando Três Gargantas, que estava com o título desde 2014. Depois disso, outro feito: produziu mais de 100 milhões de megawatts-hora (MWh), uma quantidade de energia que nenhum dos projetistas da usina imaginou. O total supera em um terço o que estava previsto no Tratado de Itaipu: 75 milhões de MWh de produção firme.

O aumento da geração de Itaipu – que detém o título de maior produtora de energia acumulada do mundo e, agora, o de líder em geração anual – significa, em termos amplos, mais eletricidade barata para os consumidores brasileiros, a partir de uma matriz limpa e renovável, reafirmando o papel da hidroeletricidade para a integração e o desenvolvimento de regiões distantes dos grandes centros.

Para o entorno do reservatório, os benefícios são inúmeros. Só em royalties, o valor dos repasses este ano deve ter um incremento de 15% em relação a 2015. A soma dos royalties distribuídos desde 1985 a Brasil e Paraguai já passa de US$ 10 bilhões. Recursos que se traduzem em economia e educação para a população local.

Itaipu está no limite da sua capacidade física e no auge da produção

Mas chegar a números tão surpreendentes de geração só é possível porque Itaipu dispõe de um corpo técnico altamente especializado e comprometido com resultados. Em 32 anos de funcionamento, a usina binacional vive seu melhor momento operacional, com índices de aproveitamento dos recursos hídricos acima de 96%, numa excelente sinergia entre produtividade e produção.

A recuperação do título de maior produtora de energia elétrica anual do mundo ocorre num ano de grandes conquistas para a Itaipu também em outras áreas. Em 2016, Itaipu venceu o Prêmio de Excelência e Inovação do Turismo, atingiu 20 milhões de visitantes, promoveu a equidade de gênero, incentivou a produção e o uso de energias alternativas, uniu o Oeste do Paraná na luta por suas reivindicações e alinhou-se cada vez mais aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) preconizados pela ONU.

Mas e o futuro? Com 20 unidades geradoras e 14 mil MWh de potência instalada, Itaipu está no limite da sua capacidade física e no auge da produção (a meta de produção anual de 100 milhões de MWh deve durar pelo menos 20 anos). A usina não tem mais como expandir sua planta de geração.

Para garantir que nos próximos 50 anos continue tendo o desempenho que teve nestas primeiras três décadas, Itaipu pretende, a partir de março de 2017, colocar em execução um plano ambicioso de atualização das unidades geradoras. Com investimentos previstos de US$ 500 milhões, o processo de modernização tecnológica tem um prazo previsto de mais de dez anos para ser concluído.

O plano foi construído nos últimos cinco anos por equipes brasileiras e paraguaias, com a contribuição da primeira geração de engenheiros da Itaipu, engenheiros que conhecem a usina, sua operação e manutenção. Esse plano, aliado à excelência alcançada por Itaipu na manutenção, é o segredo da sustentabilidade para uma usina que poderá se manter competitiva até o próximo século.

O caminho para 2017 foi traçado. Esperamos que essas parcerias sejam consolidadas para que as conquistas sejam cada vez mais fortes, beneficiando a economia, o meio ambiente e o cidadão.

Jorge Samek é diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional.
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