Bolsonaro reclama da classe política – e anistia os partidos

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Bom dia!

Presidente e vice subiram no palanque nesta segunda (20). No Rio, Jair Bolsonaro (PSL) disse que "o grande problema do Brasil é a classe política" e continuou tocando a música do texto conspiratório que ele divulgou no WhatsApp na semana passada. Em Xangai, Hamilton Mourão (PRTB) procurou fazer bonito – discursando em inglês e tudo – para melhorar as relações entre o Brasil e a China. Enquanto isso, em Brasília, técnicos do governo procuram uma saída para evitar o rebaixamento do Brasil em uma auditoria da Organização da Aviação Civil Internacional – o decreto do porte de armas pode melar a reputação do país e fazer companhias aéreas estrangeiras desistirem de voar para cá.

Caso encerrado

Lembra do mistério desse fim de semana? O Diário Oficial da União de segunda-feira dissipou a névoa e confirmou: Bolsonaro realmente sancionou a anistia aos partidos políticos, ao contrário do que ele mesmo disse no sábado (18), quando, para variar, acusou a imprensa de mentirosa.

Pacotão

O governo está preparando um pacotão de estímulo à produtividade para tentar gerar crescimento econômico ainda neste ano. Entre as medidas, estão a simplificação do e-Social e a distribuição de vouchers a empresas voltados para a qualificação dos funcionários. De Brasília, Jéssica Sant'Ana conta mais.

O editorial da Gazeta desta terça (21) comenta a proposta de reforma tributária que tramita na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados:

A simplificação, por si só, já é extremamente bem-vinda. (...) Mas uma verdadeira reforma tributária também precisaria atacar pelo menos mais dois problemas: o fato de o Brasil, hoje, tributar muito mais a produção e o consumo que a renda e a propriedade, algo que prejudica os mais pobres, que gastam parte maior da sua renda com impostos; e o fato de a arrecadação estar, hoje, concentrada na União, restando fatias pequenas aos estados e municípios.

Quatro de uma só vez

Pelas estatísticas, a vida não seria nada fácil para quatro irmãos, com idades entre 6 e 10 anos, abandonados por seus pais biológicos e encaminhados a uma casa-lar. Essa não é a idade preferida para adoção, ainda mais de quatro crianças. Mas ainda bem que existem Thiago e Jéssica, um casal de Maringá que queria adotar uma criança e acabou levando quatro para casa – eles não queriam separar os irmãos. William Bilches conta essa história.

Brace yourselves...

Dionisius Amendola e Gustavo Nogy comentam o final de Game of Thrones – o último episódio foi ao ar no domingo (19). Para Amendola, Daenerys se tornou uma metáfora de todos os totalitarismos e ideologias modernos. Para Nogy, o sucesso da série é uma lufada de ar fresco:

Numa época em que a vida tem sido mais estranha que a ficção, é bom que o interesse pela ficção stricto sensu tenha renascido.

...Winter is coming

As temperaturas começam a despencar nesta terça em Curitiba. No sábado (25), a mínima prevista é de 7°C. Prepare-se com a matéria de Mellanie Anversa.

Imagem do dia

Déficit cultural

Menos do que econômico, nosso subdesenvolvimento é cultural. Essa é a convicção de Key Imaguire Jr., arquiteto e colunista da HAUS, que a ilustra com a comparação entre os incêndios do Museu Nacional e de Notre-Dame:

Os bombeiros ainda lutavam contra as chamas e já se noticiava a doação de mais de três milhões de euros – dinheiro adoidado, deve ser mais que todo o orçamento brasileiro para a cultura – para o restauro da venerável igreja gótica. (...) Mas será que algum dos nossos ricaços – porque há muitos, a julgar pelos Porsches e Ferraris nas estradas e ruas brasileiras – já abriu a subscrição para o restauro do Museu Nacional, com digamos, dez contos de réis que sejam? Acho que se fossem abertas listas de doação para a Notre-Dame, não faltariam doadores por aqui.

Copa do coquetel

Dois curitibanos e dois paulistanos estão na final brasileira do World Class Competition, a maior competição de bartenders do mundo. Eles disputam uma vaga na final mundial em Glasgow no final de setembro. Guilherme Grandi apresenta os finalistas tupiniquins.

Pandas

Pandas são uma arma da diplomacia chinesa. Na semana passada, por exemplo, a China pediu de volta dois pandas que vivem em um zoológico da Califórnia – em um movimento político. Filipe Figueiredo explica essa história – que não é o único exemplo de diplomacia animal.

Tenha uma ótima terça-feira!