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E ainda: começou a imunização

Pazzuelo sob pressão de governadores. Crise exposta no STF. Entrevista com Danilo Gentili

Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, foi cobrado pelo governador de São Paulo por causa da falta de investimento do governo federal na Coronavac, a vacina chinesa em desenvolvimento no Instituto Butantan.
Não podemos dividir o Brasil num momento difícil, afirmou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. (Foto: Carolina Antunes/PR)

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Para começar esse resumo de notícias. Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello se reuniu com governadores nesta terça-feira (8) para tratar sobre vacinação contra Covid-19. Houve bate-boca com João Doria (PSDB-SP). Na segunda (7), o governador paulista anunciou um plano próprio de imunização e cobrou do ministro a inclusão da Coronavac (desenvolvida pela chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo) na lista de compras do governo federal.

O que diz Pazuello. O ministro afirmou que não descarta a Coronavac, mas só depois do registro da Anvisa, que ele estima em até 60 dias para esse e outros imunizantes. Doria e Flávio Dino (PCdoB-MA) lembraram que Pazuello prometeu 46 milhões doses da Coronavac, mas recuou por ordem do presidente Jair Bolsonaro. O ministro rebateu: reforçou a importância de registro na Anvisa, da demanda e do preço para qualquer aquisição. Dino, por sua vez, disse que acionou o STF para garantir compra de vacina sem aval da Anvisa.

Para quando? Pazuello sinalizou que pode começar a vacinação em fevereiro, e não em março, como previsto anteriormente. Governadores mais próximos ao presidente Jair Bolsonaro, como Ronaldo Caiado (DEM-GO), tentaram contemporizar a pressão dos colegas. Caiado criticou Doria e disse que uma vacina antecipada coloca a credibilidade de governadores em jogo. Já o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), afirmou ser prematuro estabelecer a data de início de vacinação.

Utilidade pública

Começou a imunização. No Reino Unido, uma senhora de 90 anos foi a primeira pessoa do mundo a tomar a vacina contra a Covid-19, sem contar o período de testagem. Margaret Keenan recebeu a vacina da Pfizer/BioNTech.  Aqui no Brasil, o Ministério da Saúde negocia 70 milhões imunizantes da Pfizer. Editora de Saúde, Amanda Milléo faz um resumo de como fomos do caos à imunização em um ano.

Vacina de Oxford. Maior aposta do governo brasileiro, a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e AstraZeneca teve seus resultados publicados na revista científica Lancet, nesta terça (8). Os dados confirmam eficácia de 62% entre quem recebeu duas doses completas e de 90% para quem recebeu primeiro metade da dose e depois uma dose completa. Editora de Saúde, Helen Mendes traz tudo sobre os resultados divulgados sobre a vacina da Universidade de Oxford.

Atualização. Em 24 horas, o Brasil registrou 51.088 novos diagnósticos de coronavírus, e 842 novos óbitos, segundo o último boletim do Ministério da Saúde. O total de casos está em 6.674.999, o de mortes em 178.159 e de recuperados em 5.854.709, conforme os dados da pasta nesta quarta (8).

Política e economia

Briga interna. A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em barrar a possibilidade de reeleição do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre, definitivamente abriu uma crise no Supremo. Integrantes da “ala garantista” que votaram a favor da reeleição se sentiram traídos pelo presidente da Corte, Luiz Fux, que teria acordado em votar com os colegas. Correspondente da Gazeta do Povo no STF, Wilson Lima revela como a derrota da ala garantista rachou os ministros e ameaça minar a gestão de Fux. Também do STF veio a decisão de elevar o teto salarial de juízes estaduais para R$ 39,2 mil.

No Senado. A eleição para presidente da Casa estava praticamente garantida a Alcolumbre, mas a reviravolta fez as peças se movimentem. Um partido antigo já está de olho em reconquistar o comando da casa: o MDB. Mas há outros “de olho na cadeira”. Direto de Brasília, os correspondentes Rodolfo Costa e Kelli Kadanus apresentam os nomes dos favoritos para presidir o Senado em 2021. E por falar no Senado, nesta quarta (8) o programa Casa Verde e Amarela foi aprovado e segue para sanção de Bolsonaro; confira no texto de Fernanda Trisotto.

Giro pelo mundo. Terminou nesta terça (8) o "prazo de porto seguro" nos Estados Unidos, quando as contestações estaduais das eleições precisam ser concluídas. Essa não é a primeira vez que as eleições nos EUA vão para prorrogação: isso ocorreu por três vezes; confira no texto de Fred Lucas. Na Europa, Reino Unido e União Europeia chegaram a um acordo preliminar “pós-Brexit” enquanto, em Paris, os jogadores do PSG (França) e Istanbul Basaksehir (Turquia) abandonaram uma partida após uma acusação de um ato racista praticado pelo quarto árbitro. Já na Índia, uma doença misteriosa – que não é Covid – deixou centenas de hospitalizados.

O que mais você precisa saber hoje

Colunas e artigos

Humor e ironia. O humorista Danilo Gentili foi entrevistado pela Gazeta do Povo; confira no texto de Maria Clara Vieira. Ele falou sobre o caso de acusações de assédio de Dani Calabresa contra Marcos Melhem e sobre o “politicamente correto”. E por falar em humor, em sua nova crônica, Polzonoff mostra como e por que celebrar o aniversário no ano da peste-que-não-é-peste. E Madeleine Lacsko ironiza o estranho apoio do PT a uma ditadura que se diz democracia; leia no artigo: Contra o radicalismo, todo apoio a Nicolás Maduro.

Nossa visão

Fraude eleitoral. O pouco que sobrou de legitimidade na Venezuela está por um fio. As eleições para a Assembleia Nacional ocorridas em 6 de dezembro não têm nenhuma característica que faça delas um pleito legítimo. Tema para nosso novo editorial: A farsa da eleição venezuelana.

A autoridade eleitoral não foi escolhida pela Assembleia Nacional, conforme manda a Constituição do país, e sim pelo Judiciário chavista, resultando em uma Comissão Nacional Eleitoral disposta a trabalhar ativamente pela vitória de um dos lados. A CNE chegou até mesmo a aumentar, de forma ilegal, o número de deputados, inflando a Assembleia Nacional com mais 110 cadeiras, o que na prática dificultou a vida dos opositores a Maduro.

Para inspirar

Nomes bombando. Quem está para ter um bebê já pode conferir quais são os nomes mais comuns do último ano. A Equipe Sempre Família da Gazeta do Povo mostra como: veja os 10 nomes mais populares de bebês em 2020 pela maior plataforma da área.

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