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O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, fez não apenas a maior bancada da Câmara dos Deputados, com 99 integrantes. O partido foi também o que mais teve deputados que alcançaram o primeiro lugar na lista dos mais votados de seus estados. São filiados ao PL os mais votados em sete unidades da federação: Ceará, Distrito Federal, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pernambuco e Santa Catarina. A lista inclui reeleitos como Bia Kicis (DF) e André Ferreira (PE) e também o estreante Nikolas Ferreira (MG), que foi o mais votado do Brasil na disputa do dia 2 de outubro. União Brasil e Republicanos são, cada um, os partidos de quatro "campeões de voto". São do União os mais votados em Goiás, Rio de Janeiro, Rondônia e Sergipe. Já o Republicanos é o partido dos líderes de Paraíba, Rio Grande do Sul, Roraima e Tocantins. O PT, principal partido da oposição a Bolsonaro, fez os mais votados em três estados: Mato Grosso, Espírito Santo e Rio Grande do Norte. O nome do partido no Mato Grosso, porém, não ocupará uma vaga na Câmara. A baixa votação obtida pelos demais nomes do PT fez com que a candidata Rosa Neide não conseguisse se reeleger, mesmo sendo a campeã de votos no estado. PP, com Acre e Alagoas, e PSD, com Bahia e Piauí, somaram dois campeões de voto cada. Os demais partidos que tiveram deputados mais votados são PDT, Cidadania, MDB, Podemos e Psol.

Enquanto a eleição presidencial não se decide, outra disputa começa a movimentar os bastidores políticos em Brasília. Já começaram as articulações para comandar as duas casas do Legislativo federal em 2023. Na Câmara, o deputado federal Arthur Lira (PP-AL), atual presidente, desponta como favorito à reeleição. No Senado, a permanência do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para mais dois anos na presidência da Casa é uma incógnita. Embora os parlamentares neguem haver uma influência direta nas eleições internas – marcadas para ocorrer no primeiro dia da nova legislatura, em fevereiro do ano que vem –, a definição da corrida para a Presidência da República no próximo dia 30 de outubro terá um peso importante. O cenário com a reeleição de Jair Bolsonaro (PL) é um, enquanto que com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é outro. Enquanto Lira caminha para uma reeleição tranquila na Câmara, independentemente da vitória de Lula ou Bolsonaro, Pacheco deverá ter uma missão um pouco mais complicada. Ao longo de sua presidência, Pacheco construiu uma aliança sólida e pode ter força para pleitear sua permanência para o biênio 2023-2024. Mas o atual presidente da República não esconde o desejo de eleger um aliado para comandar o Senado e, por consequência, o próprio Congresso.

Uma operação para combater fraudes no Sistema Único de Saúde (SUS) foi realizada pela Polícia Federal (PF), Controladoria-Geral da União (CGU) e Ministério Público Federal (MPF). Segundo a PF, dados falsos sobre a realização de exames, por exemplo, eram inseridos no SUS e com isso alguns municípios conseguiram receber mais recursos provenientes de emendas parlamentares - destinadas às prefeituras por meio do chamado “orçamento secreto”. A ação foi batizada de "Operação Quebra Ossos". A Polícia Federal informou que 16 mandados de busca e apreensão e dois de prisão foram cumpridos em sete cidades brasileiras. Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal de Bacabal (MA). Em um dos casos, um município localizado no Maranhão informou que teria realizado 12,7 mil radiografias de dedo em 2020, mas a população da cidade era de 11,5 mil habitantes. Se as irregularidades forem comprovadas, as pessoas investigadas poderão responder por inserção de dados falsos, fraude à licitação, superfaturamento contratual, peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Duas associações apresentaram queixa em Paris por cumplicidade em crimes de guerra, acusando o grupo francês TotalEnergies de ter continuado a explorar um depósito na Rússia e permitido a fabricação e exportação de combustível usado por aviões russos envolvidos no conflito na Ucrânia. A informação foi publicada pela agência France Presse (AFP). A denúncia foi apresentada à Procuradoria Nacional Antiterrorismo, competente para crimes de guerra. Questionado pela agência de notícias, o grupo francês de energia disse que se tratam de acusações "ultrajantes", "difamatórias" e "infundadas".

E a opinião de Filipe Figueiredo, que analisa quem ganha, quem perde e os aspectos eleitorais do acordo entre Israel e Líbano.

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