O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) divulgou uma nota conjunta com os representantes do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF) em defesa da democracia. No texto, os representantes dos três Poderes dizem "rejeitar" os atos terroristas em Brasília e pedem à população a "defesa da paz e da democracia". O texto também classifica de "terroristas" e "golpistas" os atos de vandalismo do domingo (8) na capital federal, e diz que "providências" contra os responsáveis serão tomadas. A nota foi divulgada depois do encontro de Lula com a ministra Rosa Weber, presidente do STF; com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL); e com o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), presidente do Senado em exercício. Os ministros do STF Luís Roberto Barroso e Dias Toffoli também estiveram no encontro, que ocorreu na sala da Presidência da República, no Palácio do Planalto. Por ser blindado, o espaço não foi invadido pelos manifestantes que atacaram os prédios da Esplanada dos Ministérios. A ministra Rosa Weber disse que também pretende despachar de sua sala na presidência do STF. Assim como o escritório de Lula no Planalto, o ambiente de trabalho da chefe do Supremo não foi danificado pelos manifestantes que invadiram o prédio do Judiciário.
Governador do DF afirma que respeita decisão de afastamento
O governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), afirmou que respeita a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de afastá-lo do cargo por 90 dias. Na decisão, o ministro apontou “conduta dolosamente omissiva” do mandatário diante da invasão das sedes dos Três Poderes no domingo (8). O governador afastado disse ainda que repudia as "cenas de barbarismo amplamente divulgadas" e disse que é necessário buscar a responsabilização "de toda a rede que possa existir de financiamento de atos antidemocráticos, observando-se, por óbvio, o devido processo legal". Ibaneis ressaltou que em outros momentos graves, agiu com rigor de forma a proteger não apenas o patrimônio, mas a honra do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, como na tentativa de invasão de maio de 2020, quando várias pessoas foram presas.
Votação do decreto de intervenção federal deve ocorrer nesta terça
O presidente em exercício do Senado, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), afirmou que o decreto presidencial de intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal deve ser votado pelos senadores nesta terça-feira (10). Após a invasão do Congresso, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou o decreto de intervenção. Veneziano afirmou que a reunião para votar o decreto será realizada no plenário da Casa, que foi invadido e depredado por manifestantes para demonstrar que os atos não impedirão que o parlamento funcione.
Dino responsabiliza Bolsonaro
O ministro da Justiça, Flavio Dino (PSB), afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pode ter sido o "responsável político" pelos atos de vandalismo em Brasília. De acordo com Dino, os ataques de Bolsonaro às instituições como o Supremo Tribunal Federal (STF) deram "braços e pernas" para os ataques aos prédios das instituições da República. Para o ministro, o episódio de invasão ao prédio do STF, do Palácio do Planalto e do Congresso Nacional foi o "Capitólio brasileiro". A referência diz respeito à invasão de apoiadores do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Congresso americano.
Bolsonaro é internado nos EUA
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi internado em um hospital em Orlando, nos Estados Unidos. O motivo seria uma forte dor abdominal, de acordo com os jornais O Globo e Folha de S. Paulo. Ele foi levado ao AdventHealth Celebration ainda durante a madrugada e passou por exames para investigar se houve nova obstrução intestinal. Desde que levou uma facada durante a campanha eleitoral de 2018, Bolsonaro já teve diversas complicações no intestino e passou por cirurgias e internamentos.
A opinião de J. R. Guzzo, que afirma que as invasões em Brasília foram um desastre e não haverá pacificação com Lula.
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