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| Foto: Ricardo Vasquez/Free Images

As obras de ficção são, em vasta medida, responsáveis pela formação da imaginação moral de um povo. Hoje, no Brasil, é recorrente ouvirmos que as crises econômica e política provém de uma crise moral generalizada. Isso tem uma boa dose de verdade. Devemos observar, portanto, o que tem alimentado o imaginário do brasileiro para que tenha se acostumado a um padrão moral tão baixo: novelas e programas de TV que, quando não seguem a linha politicamente correta, caem num barbarismo grotesco. Mas o problema não para por aí: de repente, escritores capazes de produzir alta literatura sumiram do cenário cultural. Se entre aqueles que deveriam honrar o idioma de Camões – tecendo palavras que nos sirvam como uma janela para o mundo, vasto mundo – só encontramos papagaios ideológicos que sequer dominam o português culto, o que se poderá esperar dos autores de folhetins? A literatura brasileira precisa ressurgir para que o ambiente cultural – e moral – do país seja reconstruído. Thaís Gualberto explica a importância das obras de ficção na sedimentação da cultura.

O começo do fim: a universidade

A derrocada da literatura começou pela esterilidade dos meios acadêmicos. É verdade que os cursos de letras se prestam mais a formar professores de línguas e literatura e, quando muito, críticos literários, do que bons escritores. Mas são esses “especialistas” que determinam o que é e o que não é relevante no cenário cultural. Acontece que a academia foi tomada por intelectuais materialistas, desconstrutivistas, que acham os clássicos retrógrados, a norma culta ultrapassada, e que a beleza e a verdade são relativas. Os bons escritores, como o poeta Bruno Tolentino, foram ignorados nos meios culturais, e hoje pouca gente os conhece, os edita e muito menos os estuda. Benjamin Lockerd, que é professor de literatura numa universidade americana, mostra que o mesmo processo está acontecendo nos cursos de letras dos EUA. (texto em inglês)

A jornada do escritor

Rodrigo Gurgel conta o que o motivava a escrever nos primeiros anos em que começou a despejar seus pensamentos, percepções e sentimentos no papel, e o quanto foi importante ter seguido de modo espontâneo e despretensioso nesse início de jornada. Pouco a pouco, o escritor e renomado crítico adquiriu uma gigantesca bagagem literária, que, somada a muito treino – copiando autores de sua predileção e ensaiando verso e prosa – ajudaram-no a consolidar seu estilo próprio de escrita, assim como aguçaram sua sensibilidade para as palavras e para perceber o mundo.

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