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Marcelo Arruda com a arma na mão após a chegada de Jorge Guaranho à festa.
Marcelo Arruda com a arma na mão após a chegada de Jorge Guaranho à festa.| Foto: Reprodução/Youtube

O juiz Gustavo Germano Francisco Arguello, da 3ªVara Criminal de Foz do Iguaçu, encaminhou na última segunda-feira (29) três ofícios ao Instituto de Criminalística do Paraná referentes à ação em que o agente penal federal Jorge Guaranho é réu. Os ofícios atendem a pedidos feitos pela defesa de Guaranho, acusado de ter cometido homicídio duplamente qualificado contra o tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) em Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda.

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Um dos ofícios encaminhados pela Justiça dá um prazo de cinco dias para que o Instituto de Criminalística faça um desenho esquemático do salão de festas onde houve a troca de tiros. O juiz determinou que esse croqui seja feito em escala e que informe, de forma detalhada e expressa, o posicionamento de Guaranho, o de Arruda, o das testemunhas e informantes. O documento deve ser baseado nas imagens das câmeras de segurança do local anexadas à ação penal.

O magistrado esclareceu que a elaboração desse croqui não substitui a realização da perícia no local da morte de Arruda, “pois envolve mera descrição de uma cena (dinâmica ou estática) dentro de um cenário com escalas e referências e não a construção de um raciocínio e conclusão baseados em específico conhecimento de determinada área do conhecimento”.

Imagens das câmeras anexadas à ação estão incompletas

Em outro ofício, o juiz reconhece que, após apontado pela defesa de Guaranho, falta um trecho nos vídeos das câmeras de segurança juntados à ação penal. Segundo o magistrado, pouco mais de um minuto de vídeo – a partir da meia-noite e treze segundos até a meia-noite, um minuto e 15 segundos, de acordo com Arguello – foi suprimido dos documentos anexados à ação. Em caso de impossibilidade de envio do trecho faltante, o juiz deu um prazo de três dias para que o Instituto de Criminalística apresente justificativa.

Por fim, o magistrado também estipula um prazo de três dias para que o Instituto de Criminalística do Paraná preste informações sobre quando a perícia no celular de Guaranho ficará pronta. Procurada pela reportagem, a Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp) informou que a Polícia Científica do Paraná já recebeu os ofícios e que eles serão respondidos dentro do prazo solicitado pelo juiz..

Juiz pede contrato de locação do salão onde houve a troca de tiros

No mesmo dia, o juiz também expediu um quarto ofício, este direcionado à direção da Associação Esportiva Segurança Física Itaipu (Aresf). No documento, Arguello determina que, em três dias, seja apresentada à Justiça uma cópia do contrato de locação do salão de festas. O local foi utilizado por Arruda para a comemoração do aniversário de 50 anos dele. No ofício, o juiz também pede para ser informado sobre “a existência de eventuais registros de furtos na associação”.

Testemunhas são convocadas para a audiência

Arguello também expediu convocações para que duas testemunhas e uma informante participem da audiência de instrução e julgamento do agente penal federal, marcada para o próximo dia 14 de setembro. A informante foi convocada para participar presencialmente da audiência. Já as testemunhas, funcionárias na Penitenciária Federal de Catanduvas – onde Guaranho trabalha – foram convocadas para participar por teleconferência.

Na última sexta-feira (26), o magistrado expediu uma carta precatória para convocar duas outras testemunhas residentes em Magé, no estado do Rio de Janeiro, para participarem da mesma audiência.

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